Polêmica
CITADA NA LAVA JATO, FCB ASSUME ERRO
Publicado emInvestigações da Polícia Federal nas contas das empresas LSI e Limiar, controladas pela família de André Vargas, apontam mais uma agência envolvida no pagamento de comissão ao ex-deputado. A FCB Brasil, que atende a conta publicitária de R$ 330 milhões da Petrobras ao lado de NBS e Heads desde janeiro de 2014, teria sido utilizada como meio para que produtoras de conteúdo depositassem BV naquelas empresas. A informação foi divulgada pelo Blog “O Antagonista”, assinado por Diogo Mainardi e Mário Sabino, ambos ex-Veja. Planilhas analisadas na Operação Lava Jato indicam que além de Conspiração e Zulu Filmes, já identificadas como pagadoras de bonificação de volume à LSI e Limiar a partir de trabalhos realizados para Caixa e Ministério da Saúde, contas da Borghi Lowe, também há documentos que comprovam transferência de dinheiro por parte de O2 e Academia de Filmes. Conforme apurado, a O2 Filmes teria transferido para a LSI um total de R$ 311 mil referente à produção de comerciais desenvolvidos pela FCB para a Petrobras em fevereiro do ano passado. Ainda segundo as investigações realizadas na contabilidade da LSI, o total de comissão transferido pelas produtoras Conspiração, Academia de Filmes e Zulu à empresa seria de R$ 3,1 milhões, conforme coluna do jornalista Mário César de Carvalho, da Folha de São Paulo. A direção da FCB está em processo de aprovação de comunicado oficial em conjunto com o comando mundial da agência. A O2, por sua vez, afirma em documento à imprensa que não realizou trabalhos para a FCB referente a órgãos públicos. E que o depósito realizado na conta da LSI, por indicação da própria agência, foi em razão de créditos da agencia sobre produções para anunciantes privados. Em nota de esclarecimento a agência realmente isenta a O2 de responsabilidade, assume erro e afirma ter tomado medidas corretivas: “A FCB Brasil esclarece que solicitou o pagamento efetuado pela O2 Filmes à LSI e lamenta que a produtora tenha tido seu nome exposto por esse fato. A transferência do crédito de fornecedor de produção a uma terceira empresa foi feita sem examinar adequadamente a propriedade dessa empresa. Esta forma de pagamento foi uma solicitação de Ricardo Hoffmann à FCB, como remuneração devida a ele por um único projeto de consultoria. Ações corretivas já foram tomadas pela FCB com relação a esse fato único e isolado. Estamos à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem necessários”.