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IDEC NÃO ENGOLE DISCURSOS SEDUTORES

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Ultraprocessados: diabetes e hipertensão

Primeira campanha da agência Moringa para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor alerta para estratégias ocultas de grandes empresas dos setores alimentício e de bebidas, que em campanhas relacionam produtos que fazem mal à saúde com um imaginário de bem estar.

Em parceria com a ACT Promoção da Saúde, o IDEC assina a comunicação digital “Verdades difíceis de engolir”, abordando as interferências das chamadas Big Food e Big Soda nas políticas públicas de alimentação.

Entre as recomendações do instituto está a importância de implementar políticas públicas voltadas à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.

“Criamos um filme como peça principal da campanha que mostra as incoerências entre discurso e prática dessas empresas, que seduzem o consumidor com propagandas atraentes, mas escondem o impacto do consumo de produtos ultraprocessados na saúde da população. Os prejuízos se estendem também à economia, devido aos gastos com saúde pública para tratar doenças crônicas, além das isenções fiscais e do forte lobby realizado por elas”, explica Rianni Bertoldo, diretora geral da Moringa.

Doenças crônicas relacionadas ao consumo de alimentos e bebidas ultraprocessados, como hipertensão e diabetes, representam sete das dez principais causas de morte no mundo.

O consumo de alimentos e bebidas ultraprocessados, repletos de açúcar, gorduras, sódio e substâncias industriais, piora a qualidade de vida da população e gera mais gastos com saúde e previdência para o Estado;

O sistema de saúde brasileiro gasta quase R$ 3 bilhões por ano na atenção a pacientes com doenças causadas pelo consumo de bebidas ultraprocessadas, como refrigerantes e sucos artificiais. E todo ano a indústria de refrigerantes recebe R$ 3,8 bilhões em incentivos fiscais;

Todas as informações relatadas na campanha são baseadas no “Dossiê Big Food: como a indústria interfere nas políticas de alimentação”, que documenta oito casos emblemáticos desse tipo de ação. O relatório conclui que “é preciso avançar nas políticas de prevenção de conflitos de interesses e na análise crítica das empresas no âmbito das suas práticas.Estratégias de proteção, promoção e apoio a ambientes e sistemas alimentares adequados e saudáveis devem ser a prioridade de governos e precisam considerar a sociedade civil, que é quem é principalmente impactada pelas políticas públicas”.

Criação de Heitor Perpétuo e Emanuel Oliveira, com direção criativa de Lídia Pessoa. Produção da BdeVaca, com trilha e locução de Bafo na Nuca.

Aprovação de Camilla Rigi, Laura Dauden, Daniela Guedes, Sarah Fernandes e Tainá de Almeida Costa.