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BODE EXPIATÓRIO GANHA CAMPANHA

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Embora a motivação esteja baseada em uma série interminável de reclamações, manifestantes elegeram o ônibus como seu principal alvo em protestos. No segundo semestre do ano passado, quando começou a se intensificar a presença da população nas ruas reivindicando providências dos governos em diversos setores, 50 ônibus foram incendiados. No primeiro trimestre deste 2014 foram outros 50 e a seqüência continua até hoje. O mais incompreensível, é que atos dessa natureza não solucionam problemas. Ao contrário, só prejudicam a própria população que dependem do transporte público, bom ou ruim para se locomover ao trabalho, aos hospitais, às escolas. Diante desse cenário, a Rae,MP criou a campanha “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum”. O trabalho foi apresentado para o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo, o SPURBANUSS. Com apoio do Conselho Municipal de Transporte e a federação das cooperativas do setor, o sindicato assina a campanha. “Essa ação foi idealizada para que a população reflita a respeito dos atos de selvageria, preserve o transporte público, que é seu principal meio de locomoção e denuncie, a fim de combater qualquer ato que leve a depredação ou incêndio dos ônibus”, diz Francisco Christovam, presidente do SPURBANUSS. A estratégia inclui comercial de TV, spots de rádio e anúncios impressos. “Conscientizar a população é o primeiro passo. Quando as pessoas entenderem que os demais estão prejudicando os serviços da cidade, um começa a vigiar o outro e as denúncias aparecem. Isso deve inibir a ação dos mal intencionados”, afirma Marcelo Ponzoni, diretor da Era,MP. Criação de Marcos Andrade, com direção criativa de Mauro Kelm. Produção da Story Films, com direção de Celso Rosa.

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Agências

CAPPELETTI SAI E GREY FICA SEM CCO

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Cappeletti: empresa de branding

Há dois anos e meio na agência, o chief creative officer Pedro Cappeletti deixa a Grey. Na segunda quinzena de julho ele vai anunciar seu novo negócio, uma empresa de branding e design. “Não quero ser agência, mas prestar serviços a elas e também a anunciantes”, explica Cappeletti. O criativo chegou à então Grey 141 para comandar a Criação a convite de Luiz Kroeff, em novembro de 2011. Em julho do ano passado continuou na função após a fusão com a New Energy, que deu origem à atual Grey Brasil, do grupo Newcomm. Antes, dirigiu a Criação da Fischer e atuou por 11 anos na DM9 DDB. Por enquanto a Grey Brasil fica sem cco. “Pelo menos em curto prazo não temos idéia de reativar essa função. Na verdade há seis meses a agência já funcionava com três unidades criativas, praticamente autônomas. O Pedro era mais um mentor, ou inspirador, que na verdade um coordenador de trabalho”, explica o presidente da agência Walter Longo. Ele diz que desde a fusão os clientes foram divididos de acordo com as características de cada diretor de Criação. Assim, as contas de beleza ficaram com o grupo de Mariangela Silvani. As marcas que dependem de campanhas com mais estética são atendidas pela equipe de Sergio “Magrão” Fonseca. Daniel Perez, por sua vez, um criativo com experiência em clientes internacionais, ficou com essa parte. “A divisão não foi por importância. Tanto, que além de HSBC, o Daniel atende apenas uma marca de nosso maior cliente, a Procter & Gamble”, destaca Longo. E falando no profissional equatoriano, o presidente da Grey se posicionou sobre matéria publicada por este Blog em fevereiro, revelando que Daniel Perez estaria se preparando para deixar o Brasil, o que aconteceria provavelmente após o próximo Festival de Cannes. “Sempre soubemos de sua expectativa em fazer carreira internacional. Ele é um profissional inquieto, que tem perspectiva de trabalhar em Nova York ou na Europa. Achamos até que ele não ficaria mais do que dois anos aqui no Brasil. Mas não posso dizer nada agora, já que atualmente ele demonstra muita satisfação de estar em nosso País”, concluiu.

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Digital

AS SAÍDAS DO MARKETING ELEITORAL

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Roque: marketing direto com foco

Com a proibição do uso de telemarketing nas próximas eleições, a comunicação direta online e o uso do Big Data vão ganhar importância fundamental no pleito de outubro. “Mais do que utilizar as redes sociais, os candidatos devem aplicar técnicas de microtargeting ou microssegmentação, para definir a quem procurar, o que dizer para essas pessoas e o que pedir pra elas” recomenda o publicitário Paulo Roque, da Eleições Digitais, empresa de marketing político online que atua desde 2010. Redator de origem e diretor de Criação, Roque atuou nas agências ADD/Young&Rubicam, Propeg Brasil, Grey Worldwide e Havas Digital. Ao juntar suas experiências profissionais em marketing político e Internet criou a Eleições Digitais. Nas duas últimas eleições foi o profissional com maior número de vitórias, ajudando a eleger 15 candidatos.  “O Big Data permite a hiper customização da mensagem. Sendo assim, um candidato a governador, por exemplo, pode enviar um e-mail para todas as mulheres grávidas do estado, falando de saúde da mulher e de suas propostas sobre creche e educação primária, antecipando uma preocupação que essa mãe logo terá”, explica ele. “Se os candidatos souberem usar a tecnologia a seu favor, dá para fazer marketing direto com foco ao invés de ficar disparando e-mail marketing. Não basta ter presença nas redes sociais. O importante é criar posts segmentados no Facebook e discutir temas específicos no Twitter”, complementa. Em 2009, enquanto a lei que regulamentaria o uso da web nas eleições estava sendo aprovada, Paulo Roque foi o estrategista da primeira campanha eleitoral digital do Brasil utilizando as redes sociais. Ele trabalhou na campanha de Rui Fragoso à presidência da OAB/SP. Em 2010 o uso das redes sociais foi regulamentado e a Eleições Digitais utilizou todo seu expertise em quinze candidaturas, obtendo treze vitórias. Foram campanhas a governo, senado e câmara dos deputados de sete estados diferentes. Treze delas em parceria com o marqueteiro Duda Mendonça. Nas eleições de 2012, para prefeito, a empresa atuou em quatro campanhas, em três estados, obtendo duas vitórias.

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IMAGENS CONTAM HISTÓRIA COM DETALHES

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D'Elboux: Art Deco no Pacaembu

Arquiteto de formação, o diretor de Criação da Y&R, José Roberto D’Elboux, registra com fotos a arquitetura e tipografia da cidade de São Paulo. O projeto “Tipos Paulistanos” torna-se uma referência visual da maior metrópole da América do Sul. Os detalhes estão em prédios, cemitérios, cinemas e calçadas do espaço público da capital paulista. “A ideia é que seja um repositório de imagens de elementos gráficos e arquitetônicos interessantes e relevantes do ponto de vista da identidade da metrópole”, explica D´Elboux. “O projeto faz com que as pessoas reparem mais nos detalhes e nas riquezas que temos por aqui e passam despercebidos. Muitos se surpreendem ao saber que tudo isso é em São Paulo”, diz. O piso de mosaico estilo Art Nouveau com o monograma da família Álvares Penteado, na Vila Penteado, as letras Art Deco na entrada do Estádio do Pacaembu, as inscrições caligráficas encontradas no cemitério São Paulo e a moderna Biblioteca de São Paulo, com suas enormes letras que lembram antigos tipos metálicos para impressão, são alguns dos exemplos de como a tipografia se encontra entrelaçada à arquitetura na cidade.  Segundo o publicitário e professor da FAAP, o uso da tipografia na arquitetura existe desde a Antiguidade, mas se intensificou principalmente durante o período moderno, e de maneira mais particular com o Art Deco. D´Elboux começou a fazer o registro de tipografias em 2008. No início eram apenas números, mas depois ele começou a também colecionar letras. “Acabei me entusiasmando com isso, que de certa maneira uniu minha formação de arquiteto com meu trabalho como diretor de arte, em que a convivência com a tipografia é diária, e, também com a fotografia”, completa. D´Elboux iniciou na publicidade pela DPZ, na equipe de Francesc Petit, em 1985.

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Agências

OGILVY ANUNCIA NOVO VP DE CRIAÇÃO

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Musa, o novo VP Aricio e Anselmo de mudança

Conforme notícia antecipada por este Blog no início de abril (leia aqui), o grupo Ogilvy confirma a mudança de Anselmo Ramos para comandar a David Miami. E para seu lugar no cargo de vice-presidente nacional de Criação da Ogilvy Brasil foi contratado Aricio Fortes, ex-Africa, do grupo ABC. Roberto Fernandez deixa a direção geral de Criação da Ogilvy e passa a ocupar o mesmo cargo na David SP. Paco Conde, também diretor-geral de criação da Ogilvy, se mantém no cargo e continua no escritório do Rio de Janeiro. Entre 2010 e 2013 a agência conquistou nada menos do que 72 Leões no Festival de Cannes, dois Grand Prix e o título de Agência do Ano. A ida de Ramos para Miami já era um projeto visando reforçar a rede criada por ele e Luiz Fernando Musa, ceo da Ogilvy. Anselmo assume a David Miami no início do segundo semestre. Ele vai comandar o primeiro escritório da agência nos Estados Unidos. “A Ogilvy Brasil é hoje uma referência em criação em todo o mundo. Isso aconteceu a partir de uma evolução constante e muito consistente desde a chegada do Anselmo Ramos, em 2007. Acreditamos que as mudanças que estamos anunciando são essenciais para fazer da nossa empresa uma agência cada vez mais eficiente e, claro, criativa”, declara Sérgio Amado, presidente do Grupo Ogilvy Brasil. Para Fernando Musa a chegada de Aricio Fortes como VP de criação representa um grande desafio, ou seja, recomeçar uma história. “Vi no Aricio a ambição e a vontade para começarmos tudo de novo”, afirma. Aricio, redator de origem, vem da agência Africa, onde estava desde o final de 2012 como diretor de Criação. Ele também trabalhou na DM9DDB e na Pereira & O’Dell em San Francisco. “A Ogilvy está num momento incrível, é uma marca consagrada mundialmente e para qualquer criativo é uma honra fazer parte dessa história”, diz. Aricio começa sua trajetória na agência no próximo dia 12 de maio. O criativo já ganhou 13 Leões em Cannes e prêmios nos maiores festivais do mundo. Em 2012, com um trabalho para o rapper Snoop Dogg, ganhou um Leão de Ouro em Cannes na categoria Brand Content and Entertainment, da qual foi jurado no ano passado.

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Agências

DEPOIS DA P.A. CRIATIVO VOLTA À AFRICA

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Prista: caminho inverso

Marcelo Prista, que havia feito o caminho inverso há sete anos, retorna à Africa como novo diretor de Criação após deixar a P.A. Publicidade no último mês de março. “Estou muito feliz com a minha volta à Africa. Depois desses anos fora, volto para continuar o trabalho numa agência que sempre admirei e que continua com o mesmo DNA, porém em outro momento e com outros desafios, assim como eu”, diz Prista. “Ter Marcelo de volta é uma grande alegria. Seu know how e talento são inquestionáveis. Tenho certeza que essa parceria será de muito sucesso”, afirma Sergio Gordilho, co-presidente e diretor geral de Criação da agência. Com mais de 27 anos de experiência, Marcelo Prista foi, nos últimos anos o primeiro nome no comando da criação da house agency do Grupo Pão de Açúcar, onde comandava uma equipe de 60 profissionais. Antes, já havia atuado por três anos na própria Africa, como diretor de criação. Carioca, formado em Comunicação Visual e Desenho Industrial pela PUC RJ, o criativo também tem passagens pela JWT e pela antiga Z+G Grey.

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Digital

BRASILEIRO RECLAMA DE TUDO, MENOS DA VIDA

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Eterno otimista, o cidadão brasileiro reprova todos os serviços públicos à sua disposição. Mas garante ainda viver bem. Esse é o resultado do relatório de tendências de abril obtido após pesquisa realizada pelo aplicativo MyFunCity. Premiado pela ONU, o app é uma plataforma digital que visa ampliar a voz da população do País, especialmente os que habitam grandes metrópoles. Disponível gratuitamente para usuários de smartphones (Android e iOS) ou via Web, o MyFunCity propõe que o cidadão avalie os serviços públicos, provoque as autoridades e políticos e mude  o Brasil pela sua força coletiva. Internautas de várias regiões do País mandaram o seu recado e os dados colhidos entre os dias 1º e 20 de abril mostram que 58,09% dos brasileiros estão satisfeitos com sua vida pessoal. Foi o único dos dez itens com resultado positivo. Segurança foi o tema com maior reprovação, já que 70% avaliaram como péssima ou ruim. Em segundo lugar, com 66,06%, vem Custo de Vida, seguido por situação de Vias Públicas com 65,24%. Para 64% dos internautas a Saúde está na sala da emergência. Entre os índices com maior descontentamento, Transporte Público aparece na quinta colocação com 58,51%. Educação, Limpeza e Barulho também foram avaliados por mais da metade dos usuários como péssimo ou ruim. Lazer com 46,04% ficou abaixo dessa margem. Além de votar, o MyFunCity permite ao usuário comentar ou mandar fotos. Tudo é registrado em tempo real. A partir de agora, o aplicativa divulgará quinzenalmente esse estudo público para que todos possam ter uma referência deste termômetro.

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Agências

FÁBRICA CONCLUI REFORMA CRIATIVA

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Da esquerda, Hernandez, Rubens Cintra, Mario Jorge, Pozzi e Paula Carvalho.

O processo de reestruturação da área de Criação da Fábrica, iniciado em fevereiro com o novo diretor André Hernandez, chega ao final com contratações e promoções. A agência nomeou quatro supervisores criativos que se reportarão a Hernandez na gestão dos trabalhos. Os novos contratados são Mario Jorge de Oliveira, ex-Saatchi & Saatchi de Paris, e Eduardo Pozzi, ex-Possible. As promoções foram da diretora de arte Paula Carvalho e do redator Rubens Cintra. “Cada vez mais o trabalho criativo contempla a integração de ações de performance e ativação com a customização do CRM. Daí a necessidade de uma maior especialização no digital. E é esse ganho, mais a senioridade do olhar, que a nova estrutura da criação da Fábrica vai proporcionar”,  explica Hernandez. A Fábrica, que cresceu 22% neste 2014 em relação ao primeiro trimestre do ano passdo, já contratou 18 profissionais até agora principalmente para atender a demanda das novas contas conquistadas, como Serasa-Experian e Catho,  e do crescimento em clientes como HSBC e Leroy Merlin.

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Entrevista

A VOZ HISPÂNICA DOS ESTADOS UNIDOS

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Klinger: hispânicas um passo à frente

Em 1975, Laurence Klinger participou da fundação do Clube de Criação de São Paulo. Treze anos depois, em 88, criou a divisão hispânica da Leo Burnett na sede mundial da agência, em Chicago. Em 99 fundou a Lápiz/Leo Burnett, a primeira agência multicultural dos EUA, com mais de 280 prêmios nos mais importantes festivais do mundo. No meio desse período, entre 92 e 98, comandou agências do W/Group de Washington Olivetto na mesma Chicago, além de Barcelona e Lisboa. Desde o final dos anos 90, a voz hispânica no mercado norte-americano só aumenta seu volume. Hoje, Klinger  é presidente do Circulo Creativo Hispanic dos Estados Unidos, o primeiro brasileiro a ocupar o cargo. Na próxima semana ele integra o júri do Idea Awards, premiação que ocorre paralelamente ao Fiap, no Eden Roc Renaissance em Miami Beach.

Há mais de 25 anos nos Estados Unidos, você acompanha de perto a evolução desse surpreendente mercado consumidor hispânico. As verbas publicitárias investidas para atingir esse público cresce igualmente em projeção geométrica?

As verbas cresceram um pouco e há mais anunciantes do que nunca  querendo uma fatia deste mercado. No entanto, as verbas não cresceram em progressão geométrica. Pelo contrário, são completamente aleatórias e desproporcionais à contribuição do mercado hispânico na economia. Há diferentes motivos para isso, desde falta de informação até preconceito.

Qual a diferença desse mercado entre a criação da divisão hispânica da Leo Burnett e a efetiva fundação da Lapiz, 11 anos depois?

Quando criei a divisão hispânica da Leo Burnett, a ideia era formar um departamento para cuidar das necessidades multiculturais dos clientes da Leo Burnett. A decisão foi acelerada por um pedido da Procter & Gamble, que apenas começava a se comunicar com o mercado hispânico. Hoje é um dos três maiores anunciantes multiculturais do país. Naquela época comecei a ver o que se fazia neste mercado e fiquei horrorizado com a baixa qualidade e o mau gosto do trabalho. Mas com o crescimento do poder aquisitivo hispânico, tudo foi  mudando. A fundação da Lapiz como agência independente se deu no momento em que sentimos que o mercado havia finalmente amadurecido. Hoje, o maior impacto se vê na qualidade do trabalho das agências hispânicas, premiado em todo o mundo, e na estatura dos profissionais que hoje compõe esta comunidade publicitária.

Os brasileiros nos EUA estão agregados a esse público hispânico? Recebem o mesmo tipo de mensagens publicitárias?

A comunidade brasileira é relativamente pequena nos Estados Unidos, e está concentrada principalmente na costa leste do país. Embora seja muito comum para o brasileiro que vive aqui ter laços de amizade com pessoas de outros países da América Latina, pois com elas encontra afinidades em questão de preferência de conteúdo, a tendência é para os meios locais. Ou seja, por questões de idioma e cultura, creio que o brasileiro não se sente tão incluído na comunidade latina como outros povos da região.

Parece que as agências hispânicas são baseadas principalmente em Miami e Los Angeles. Como comandar um clube de criativos de Chicago?

Também há agências no Texas, Nova York e outras cidades. Esse é um fenômeno tipicamente americano, um país descentralizado. O Circulo Criativo é 100% virtual. Não temos sede e só nos reunimos uma vez por ano, durante os USH Idea Awards no mês de abril. Temos um website que funciona como ponto de encontro, e nos comunicamos por outros meios digitais.

O termo Latino não seria mais forte ou apropriado do que hispânico? Oficialmente não atrairia mais brasileiros e portugueses?

Você tem razão. Mas o americano ainda não entende muito bem a diferença e creio que os profissionais do Brasil e Portugal sabem que podem fazer um bom trabalho em qualquer mercado. De qualquer forma,  muito em breve isso não vai fazer mais diferença. Estou convencido de que as agências hispânicas vão desaparecer. Ou melhor, vão se transformar nas agências americanas do futuro. E isto vai acontecer porque a nova geração de americanos é a mais multicultural que jamais existiu. Multicultural será o novo mercado geral. A Lapiz, por exemplo, já deixou de ser uma agência puramente hispânica. Hoje nos dedicamos às culturas emergentes, ou seja, uma segmentação baseada em comportamentos em vez de etnias. Quem vai ter trabalho para se adaptar a essa nova realidade serão as agências americanas. As hispânicas já estão um passo à frente.

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Campanhas

CORREIOS ENTREGAM E PROVAM

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Nova campanha da Propeg para os Correios mostra e comprova que os serviços internacionais da empresa realmente funcionam. Com a assinatura  “Entregas para qualquer lugar do mundo”, anúncios retratam a presença dos Correios em lugares dos mais distantes. As peças utilizam fotos cotidianas de regiões remotas com a presença das caixas de papelão de encomenda da empresa reaproveitadas pelos habitantes, uma prática comum aos povos que vivem longe dos grandes centros. A campanha terá veiculação nacional, nas principais revistas de negócios. Criação de Gus Simões e Maurício Oliveira, com direção criativa de Edu Henrique e Vitor Barros e direção geral de Ana Luísa Almeida. Fotografia de Danita Delimont, Bruno Morandi e Jacques Langevin.

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