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O FUTURO DOS NEGÓCIOS NA ERA PÓS-DIGITAL
Publicado emQuanto a revolução tecnológica influi na condução dos negócios? Como utilizar as novas formas de comunicação na era pós-digital? Essas respostas, ilustradas com ideias, cases e conceitos estão no livro de “Marketing e Comunicação na Era Pós-Digital”, de Walter Longo. O Mentor de Estratégia e Inovação do Grupo Newcomm e presidente da Grey Brasil, Longo lança sua obra na próxima segunda-feira (10) às 18h30 na Livraria da Vila, do shopping JK Iguatemi. Ele destaca alguns pontos para o Blog.
Os cases que ilustram seu livro são retratos de criatividade, resultados, ou uma soma dos dois?
A maioria dos cases citados são resultado de adaptabilidade, mais que criatividade ou resultado. Num mundo de mudanças exponenciais, a capacidade de adaptação é preponderante sobre as demais características. Inovação é muito mais uma questão de ótica que de fibra ótica, uma forma inédita de encarar o mundo ao nosso redor.
Como mentor de Estratégia e inovação do grupo Newcomm, que medida adotou no grupo mais afinada com esse tema?
Acho que a característica mais importante da Era Pós-Digital e que exige de nós uma alteração profunda de comportamento é assumir a efemeridade como condição básica do mercado. Estamos numa era de relações fugazes, onde tudo tem uma velocidade muito maior e exige uma atitude mais sincrônica com essa realidade. Precisamos agir de maneira efêmera se quisermos nos manter perenes como empresa. Agilidade, flexibilidade e adaptabilidade formam o trio de características básicas que precisam fazer parte de nosso cotidiano. Quando me perguntam como vai nossa agência eu respondo: Vai muito bem, e eu estou muito preocupado. A razão disso, é que quando as coisas estão bem, nossa tendência é nos fixarmos nos parâmetros que nos trouxeram até aqui. E num mundo que muda constantemente, esse é um comportamento de alto risco. Se tentarmos agir de maneira perene, ficaremos efêmeros. Se tivermos a capacidade de reinvenção constante, agindo de maneira efêmera, poderemos nos tornar perenes na relação com o mercado.
As faculdades de Publicidade consideram esta área em seu currículo ou talvez já esteja na hora de o Brasil ter novos cursos focados em tecnologia e negócios digitais?
Sim. Estamos atrasados na adaptação curricular às novas necessidades do mercado. Estamos formando gente para uma realidade que já está deixando de existir. Planejamos comunicação de maneira linear enquanto o consumo dessa comunicação se dá de maneira caótica. Gerimos nosso marketing como GPS e a realidade pede uma atitude mais Waze onde tão importante quanto o destino é a efemeridade do trajeto que muda constantemente. A criatividade continua sendo premiada em seus formatos anacrônicos sem muita ênfase para resultado e visão de conjunto. Enfim, há necessidade de uma revisão completa de paradigmas que até hoje nortearam a formação profissional.