À ESPERA DO ANÚNCIO OFICIAL

Jurado do Film Lions no Festival de Cannes de 1995, Celso Loducca abriu sua própria agência logo depois do evento, em sociedade com o presidente daquele júri, Frank Lowe. O mercado também apostou que havia um terceiro sócio naquele negócio, Nizan Guanaes, fundador e hoje chairman do grupo ABC, que detém o controle acionário da agência. A parceria Lowe  e Loducca já indicava que aquela seria uma empresa diferenciada na propaganda brasileira. Afinal, foi a única edição do Cannes Lions que não elegeu um Grand Prix entre os comerciais concorrentes. Vinte anos depois, Celso Loducca deve anunciar sua saída da agência que ainda mantém seu nome, embora nos últimos anos ele tenha tentado mudar essa marca. Ex-Hare Krishna e ex-professor de Química em cursinhos pré-vestibulares, Loducca nunca se preocupou em ser o único destaque de trabalhos de sucesso. Foi assim com o premiado comercial “Ladrão”, que viu ser reprovado pela Phillips quando era redator na Standard Ogilvy & Mather e que conseguiu realizar na Young & Rubicam, para a Philco. O filme integrou o portfólio de quatro novas agências em 95 e ninguém conseguia definir seu verdadeiro autor. Nesta quarta-feira (19) ele deve entregar a presidência de sua agência para um criativo há anos em sua companhia e quem ele preparou para a missão. Guga Ketzer, que assina praticamente todas as inovadoras e premiadas ações da agência vai assumir o comando tendo ao seu lado os outros sócios minoritários do negócio: André “PB” Paes de Barros, Daniel Chalfon e Ken Fujioka. No último sábado (15) Celso Loducca, sócio da Casa do Saber, recebeu seu último prêmio como presidente de sua agência. Ele foi um dos três Ícones da Propaganda homenageados no Fórum de Marketing Empresarial do Lide, grupo Doria e Editora Referência, ao lado de Júlio Ribeiro e Luiz Lara.