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A MAIS DIFÍCIL DECISÃO DE DOLLY

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Produzido no final de 2014, o comercial “Dolly Família” ficou o ano passado inteiro sendo alvo de discussão na empresa. Mudar ou não mudar a comunicação da marca que em 1987 lançou o primeiro refrigerante diet do Brasil e que no início dos anos 2000 enfrentou uma batalha jurídica contra a gigante multinacional Coca-Cola. Na época, o fundador Laerte Cedonho afirmava ser vítima de dumping e acusava a líder mundial do setor de tentar tirar seus produtos dos supermercados. Durante todos esses anos, porém, Dolly acabou ganhando um espaço que representa hoje 5% de share no país e 15% de participação no segmento de refrigerantes na capital paulista. Na publicidade, tornou-se ícone de comerciais bizarros, produzidos com baixíssimo custo, com um personagem que lembra uma garrafa PET e veiculados em quase todas as emissoras de sinal aberto, menos na Globo. Dollynho, apesar da aparência estranha para a maioria do público, por outro lado ganhou a simpatia do público infantil. E assim, durante as últimas décadas, de um lado virava chacota e sinônimo de publicidade mal acabada, e de outro ídolo da garotada. Atualmente comandada pelo empresário Thiago Koch, a Dolly, com sede em Diadema, na Grande São Paulo, se tornou novamente notícia. Tirou do armário o filme realizado há mais de um ano e iniciou sua veiculação da Internet. Pesquisa promovida por um site de notícias mostra que 44% das pessoas aprovaram a mudança. Entre os 56% que reprovaram, entretanto, a indignação foi muito grande. Dollynho ficou escondido atrás de um banco de madeira e uma mesa. O filme, porém, mostra a evolução da companhia na área de marketing. A produção tem qualidade, atores tomaram o lugar de bonecos, o casting foi bem elaborado, o som é bom, a trilha é profissional. Mesmo assim, os indignados pedem a volta de Dollynho como protagonista. Vai entender esse público. A nova campanha foi criada por Roberto Pezão, diretor da área de Marketing da empresa. O comercial foi produzido pela Base Filmes, com direção de Edu Ruiz e Tuba Rodriguez e fotografia de Ruiz. Produção geral e locação de Daniel Oliver Simpson. Montagem e Assistência direção de Nico Matteis e casting de Livia Stacciarini. Trilha Filo Machado.