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CO:COLLECTIVE ENCERRA ATIVIDADES

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Átila e Paulo: situação do país inviabilizou projeto

Lançada oficialmente em agosto do ano passado, a Co:Collective Brasil, de Átila Francucci e Paulo Guerchfeld, encerrou suas atividades por decisão da matriz norte-americana e em razão da atual situação do país. O projeto começou a ser concretizado no início de 2015, quando os sócios brasileiros assinaram contrato com Ty Montague. Na época, o cenário político e econômico nacional indicava uma cotação de R$ 2,50 por dólar, uma presidente reeleita e um nível de desemprego de 6%, abaixo dos índices dos principais países europeus. Pouco mais de um ano depois, a realidade mostrava um quadro totalmente diferente. O dólar chegava quase a R$ 4,00, o desemprego batia em 13% e o governo assistia a aprovação do processo de impeachment de Dilma Roussef e uma avalanche de denúncias de corrupção. A sede da agência até entendeu as dificuldades de seu escritório brasileiro em não conseguir fechar contratos, se propôs a fazer um aporte para mais 6 meses de trabalho de prospecção, mas foi surpreendida pela perda de um cliente multinacional importante, responsável por 50% de sua receita. E a decisão, tomada há 15 dias foi irreversível. Terminou a sociedade. Nesses 10 meses de operação, Francucci e Guerchfeld chegaram a visitar mais de 50 clientes potenciais e iniciar alguns processos de trabalho baseados na proposta da agência de realizar projetos sob o conceito do “Storydoing”, uma evolução do “Storytelling”. Autor do livro “True Story”, Ty Montague defende o passo à frente da narrativa de histórias, ou seja, apresentar ao público não a versão empresarial, mas a verdade de cada marca, retirada da opinião e da experiência de cada consumidor. “A caótica situação do país foi mais forte do que o tempo que precisávamos para explicar esse novo método de trabalho, que vai além da campanha publicitária. Chegamos a aprovar alguns projetos, que ficaram pelo meio do caminho, barrados pelas dificuldades econômicas e as condições de pagamento propostas pelos anunciantes”, lamenta Francucci. E embora acreditando ainda no formato de atuação da Co:Collective, o criativo entende que o atual mercado brasileiro não está preparado para praticá-lo através de uma empresa especializada, mas talvez como um serviço adicional das grandes agências de comunicação.