Sem categoria
SHOW DE MARKETING E CRIATIVIDADE
Publicado em“Coxinha e Mortadela é a puta que o pariu. Somos todos brasileiros. Temos que juntar novamente o que esse governo separou”. De forma clara e direta, Alberto Saraiva, fundador do Habib’s, conta como surgiu a ideia de lançar um de seus maiores sucessos recentes de venda, a coxinha de mortadela da rede Ragazzo. Sua indignação com a crise econômica e a condução do comando político, porém, já havia resultado numa promoção “Compre uma e leve duas”, para esfihas de carne e queijo, duas vezes por semana. A rede Habib’s, maior fast food de comida árabe do mundo, criada em 1988, hoje opera mais de 500 lojas de suas marcas em todo o Brasil. Saraiva abriu a programação de palestras do 7º Fórum de Marketing Empresarial, realizado neste fim de semana no Sofitel Jequitimar Hotel, no Guarujá. O evento, já presença obrigatória na agenda de presidentes e dirigentes de empresas, agências de publicidade, veículos de comunicação e fornecedores do setor, é uma realização do LIDE, grupo Doria e Editora Referência. Saraiva contou suas estratégias vencedoras desde a primeira loja e a ação de marketing de estréia, representada por uma faixa de pano com a frase “A Melhor Esfiha por R$ 0,19. Um dos maiores empreendedores do Brasil, ele acabou de lançar o livro “25 Verbos para Construir sua Vida”. Desses todos, porém, os três primeiros já são capazes de definir sua vitória pessoal: Acreditar, Confiar em si mesmo e Superar. Sua grande ideia para vencer a crise e unir sua marca ao consumidor, tema geral do Fórum, foi oferecer produtos em dobro em determinados dias da semana, proporcionando ao cliente continuar freqüentando suas lojas enquanto ele mantinha o volume de vendas. Quanto a fechar a conta ele não conta o segredo, mas disse brincando que se os fornecedores não tivessem topado adequar seus custos ao projeto, hoje estariam enforcados. Além do Varejo, a programação também abordou temas como conceitos multinacionais, tecnologia, preconceito e consumo responsável.
O argentino Enzo Devoto, atual vice-presidente de Personal Care da Unilever, explicou que, embora inevitável, a globalização exige que um mesmo conceito deva ser comunicado de formas diferentes em cada mercado. Com 22 anos na empresa e passagens por unidades na Ásia e Leste Europeu, afirmou que a tradução de slogans deve incluir pesquisas sobre o consumidor local, priorizando o marketing one-to-one.
Superintendente de Marketing do Banco Itaú, Eduardo Tracanella falou sobre a ampliação de serviços tecnológicos aos clientes. “Metade da população mundial, ou 3,5 bilhão de pessoas, usa a Internet. “Hoje temos que alcançar nosso target usando a tecnologia, já que não sabemos mais a que horas ele estará na frente da TV ou ao lado do rádio para receber as mensagens”, disse. A campanha “Digitau” e a dupla de velhinhas Lilian e Neuza, sucesso publicitário do banco, aumentaram ainda mais os usuários por computador e móbile. “Atualmente, 75% de nossos clientes acessam o banco online”, contou.
Denise Figueiredo, diretora de Marca da Natura, contou como a empresa atua com relação à diversidade, empresarialmente e em sua comunicação. Segundo ela, hoje 57% do quadro de profissionais da Natura é composto por mulheres, sendo que 33% estão em cargos de liderança. Além disso, 16% dos funcionários em São Paulo são deficientes. Na publicidade, a marca divulga linhas criadas para amenizar sinais de envelhecimento porém de forma sutil e falando com mulheres de todas as idades.
A palestra que fechou a programação foi de Newton Freire, brasileiro do interior paulista que em oito anos de Diageo comandou unidades em várias partes do mundo e atualmente dirige a divisão PUB, abrangendo Paraguai, Uruguai e Brasil. Ele abordou o tema “Consumo Responsável” contando como surgiu a campanha “Piloto da Vez”, que utilizou imagens de personalidades da F1 para incentivar o uso de carona ou táxi após ingestão de bebida alcoólica. Conforme ele informou,“entre os participantes da campanha promovida por Johnnie Walker (#HojeNãoDirijo), o número de pessoas que declarou pegar táxi quando sai com a intenção de beber aumentou de 70% para 85%.