NINGUÉM SEGURA A MÍDIA OTT

Favorecida pela otimização do streaming a mídia Over The Top, como são chamados os serviços de vídeo e áudio pela Internet, deve movimentar no mundo US$ 62 bilhões em 2020, segundo a Market and Markets, empresa especializada em pesquisas B2B.

Marcas como Netflix, iTunes, até o por enquanto gratuito Youtube, além de serviços em lançamento via Google e Amazon, vão disputar verbas diretamente com a TV por assinatura.

No Brasil, a Adstream, integrante da maior plataforma de armazenamento e distribuição de conteúdo publicitário do mundo, entrega materiais para estúdios como Disney, Warner Bros e a própria Netflix, que deve enfrentar em pouquíssimo tempo a concorrência de dezenas de empresas que surgem especialmente nos Estados Unidos.

“Com a tecnologia em constante evolução, a forma de assistir e ouvir conteúdos como vídeos, séries e músicas mudou. Antes, para ver um filme era necessário ia ao cinema, alugar uma fita cassete ou depender da programação das emissoras de televisão. Hoje tudo ficou muito mais fácil. O controle está na mão dos usuários. Eles escolhem o que, como e quando querem ter acesso a cada material”, diza Celso Vergeiro, CEO da Adstream no país.

Como ele explica, o streaming envia informações multimídia pela internet sem comprometer a conexão, ou seja, é capaz de reproduzir conteúdo ao mesmo tempo que faz o download, sem a necessidade de carregar antecipadamente.

As grandes emissoras brasileiras de televisão já estão se reinventando e investindo nesse serviço para não perder espaço. Conforme pesquisa da Demanda, empresa especializada em pesquisa de mercado, 37% do tempo que as pessoas gastam vendo TV já é por meio de plataformas de streaming, como Netflix, que hoje tem uma fatia de 18% das OTTs de assinatura.

Outra pesquisa, esta da Panorama Mobile Time/Opinion Box, conjunto de pesquisas periódicas sobre hábitos dos brasileiros no consumo de conteúdos e serviços móveis, mostra que um em cada três brasileiros usuários de smartphone assina algum serviço de streaming.