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PERIFERIA CONSCIENTE COBRA EMPRESAS
Publicado emMoradores das periferias das grandes cidades do país entenderam que a pandemia do coronavírus é um caso sério de saúde pública. Consultados entre 23 e 26 de março, 96% afirmaram que a crise é realmente muito preocupante.
Foram ouvidos via questionário 525 brasileiros de ambos os sexos e várias regiões e ninguém marcou a resposta “Não acredito que seja algo sério”, enquanto 4% acreditam na gravidade mas relevam a seriedade do problema.
O levantamento foi realizado pelas agências Responsa e Bullet, coordenada por Samuel “Samuka” Gomes, Head de Criação, para saber a opinião da periferia sobre a ameaça da Covid-19. A grande maioria dos consultados, 59%, pertencem à classe C, e 31% às classes D e E.
Boa parte, 40%, ainda é empregado registrado e 15% desempregados, além de 18% de autônomos, 11% empregados não registrados e 16% estudantes. Do total, 72 % são do sexo feminino e 28% masculino, de diversas idades.
A maioria, 80%, teme perder seu emprego, enquanto 4% já haviam sido demitidos em razão da crise. Entre os estudantes, 39% responderam que estavam tendo aulas online e 2% ainda tinham aula presencial.
Sobre a eficácia da quarentena, 96% dos respondentes acreditam nela como medida para conter a pandemia. Entretanto, nem todos os lares periféricos têm condições para exercê-la. Sobre home Office, nem todos os moradores das regiões periféricas possuem condições para colocá-las em prática.
Dos entrevistados, 95% revelaram que a cidade onde moram estava em quarentena, 88 % revelou que sua casa também está respeitando esse regime, mas 12% confessaram ainda não ter adotado.
Quanto às atividades em casa, 81% revelaram que ocupa seu tempo acessando a internet, pelo celular, 76% com tarefas domésticas , 66% assistindo TV, 60% assistindo a filmes e séries por streaming, 59% conversando, 43% acessando a internet via computador), 0,7% trabalhando, 0,4% estudando, 0,4% praticando exercícios e 0,4% lendo.
Uma pequena parcela de 5 % admitiram que foram a mercados e farmácias estocar suprimentos, enquanto 66% foram a mercados e farmácias, mas para comprar só o básico. Mas 73 % das pessoas admitiram que saíram de casa, enquanto 27% disseram que não.
Ao serem questionados sobre terem internet Wi-Fi em casa, 65% disseram que tinham, com uma boa conexão, 27% disseram que tinham, mas com uma conexão média e 7% não tinham.
Com relação ao governo e diante da pergunta se acreditavam que os governantes estão olhando para as periferias durante esse momento, 90% disseram que não, e só 10% achavam que sim.
Um dos resultados que interessa ao mundo corporativo, mostra que 81 % dos entrevistados acreditam que marcas podem ajudar na situação da periferia, doando suprimentos, oferecendo informação e conteúdo para que as pessoas possam ficar em casa, gerando empregos e oferecendo capacitação, reduzindo custos, aumentando prazo de pagamentos, oferecendo maior acesso à internet no caso das operadoras, doando materiais para hospitais e dando mais voz e visibilidade à situação das periferias do Brasil.