Mercado
SOM LANÇA NOVA ENTIDADE
Publicado emHá quase um ano, e com problemas de trabalho ampliados com a pandemia, a Aprosom encerrou suas atividades após renúncia do seu então presidente, Pedro Turra, da produtora A Gandaia. Na época contava com 55 empresas associadas.
E o que o mercado já previa aconteceu. Surge uma nova entidade representante do setor de aúdio no país, a APRO + SOM.
A nova representante das produtoras de som publicitário será comandada por Alessandra Terpins. A Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários foi fundada em 1973 para defender os interesses das empresas prestadoras de serviços de som para o mercado publicitário.
Formada em Artes Visuais, Cultura e Mídia pela The New School, em Nova York, Alessandra se especializou em Mercado da Arte pela New York University. Sua vida, porém, é ligada à música através do pai, Tico Terpins, fundador da “Voz do Brasil”.
. “Temos propósitos claros e objetivos bem definidos. Queremos aproveitar os aprendizados e trilhar um caminho único. Nossa sede, por exemplo, está dentro da APRO, e com seu apoio pretendemos traçar ações coordenadas. A troca entre players é muito rica”, diz James Pinto, membro do conselho composto por nomes como Carla Bräuninger, Edu Luke, Ingrid Lopes, Lili D’Arangoni, Lou Schmidt, Wanderlei Gonçalves e Xanna D’Aguiar.
“A chegada da Lelê é bastante representativa. Escolhemos uma pessoa para presidir a associação que não tivesse vínculo com nenhuma produtora. O interesse dela está 100% em fortalecer o mercado”, completa Lili D’Arangoni.
“O grande motivo pela qual assumo a presidência da APRO+SOM hoje é pela minha vontade de ver o setor conquistar o respeito e o valor que eu vi existir durante minha infância dentro do estúdio do meu pai”, explica Alessandra.
Uma das primeiras iniciativas de Alessandra à frente da APRO+SOM foi um mapeamento do mercado de áudio publicitário, que contou com participação das atuais 31 produtoras associadas.
“Tenho orgulho de dizer que nossas associadas são as principais produtoras do mercado. É importante apresentar dados do setor para mostrar sua relevância e apontar tendências”, afirma a presidente da associação.
O estudo mostrou que apesar da crise enfrentada em decorrência ao Covid-19, as produtoras de áudio registraram um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Embora houvesse uma queda na busca por trilhas de conteúdo e nos serviços tradicionais, como TV, spots e jingles, por outro lado ocorreu um aumento na busca porserviços de áudio digital, como trilhas para redes sociais e podcasts.
A perspectiva para 2021, no entanto, é mais tímida. As associadas preveem um crescimento de pouco mais de 5% para o ano.
“A instabilidade do momento deixa todo mundo inseguro. Essa expectativa de crescimento é baixa, não acho que acompanha a inflação real. Por isso precisamos pensar em boas práticas e insistir em temas polêmicos, como os prazos de pagamento”, conclui Alessandra.