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PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA CAIU 14% EM 2020

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Marianna: impacto no setor

A partir de dados de dados de Registro de Obras Publicitárias da ANCINE, somado a informações coletadas por uma pesquisa feita internamente junto às associadas, a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais divulga balanço de 2020 que aponta queda de 15% do negócio.

De acordo com produtoras associadas à APRO, 99% sentiram algum impacto refletido na redução de orçamentos devido à pandemia. Destas, 56% afirmaram ter tido projetos cancelados em função da pandemia e o dado mais triste dessa pesquisa revela que 50% das produtoras tiveram que reduzir o número de funcionários fixos de suas equipes.

Com o objetivo de retratar a atual situação do segmento após um ano de pandemia, a APRO, entretanto, apurou que para 77% das produtoras a expectativa é positiva em relação a 2021.

De acordo com os dados da ANCINE, houve uma queda no volume total de registro de obras publicitárias. Em 2020, o número foi de 38.281 títulos registrados, com uma redução de 14% em relação a 2019, quando foram registrados 44.495 títulos.

No cenário nacional, os estados do sul e sudeste mantiveram os maiores números de registros, com São Paulo em primeiro lugar (32%), seguido por Paraná (12%), Santa Catarina (9%), Minas Gerais (7%), Rio Grande do Sul (7%) e Rio de Janeiro (5%). O número de registros em São Paulo e no Rio de Janeiro voltaram para ao patamar de índices apresentados em 2018.

E enquanto o volume de registros de obras estrangeiras manteve-se no mesmo patamar em comparação a 2019, as obras filmadas no Brasil apresentaram uma queda de 15% em relação ao ano anterior.

“Esse trabalho de monitoramento de dados é feito anualmente pelo time da APRO, porém esse ano constatamos que essa análise deveria ser mais profunda não só com base em dados quantitativos, mas também qualitativos. Precisávamos ter um retrato real, baseado em dados, fatos, não apenas das nossas produtoras, mas também do nosso papel como Associação em 2020. Tivemos que nos reinventar nesse último ano e para que possamos evoluir, é fundamental ter clareza sobre o impacto da pandemia na dinâmica do mercado, assim como entender a percepção do mercado em relação às iniciativas lideradas pela APRO”, diz Marianna Souza, presidente executiva da APRO.

Sobre a aplicação do protocolo de segurança para produção diante da pandemia, Marianna explica que até o momento foram mais de 50 mil testes realizados em sets de filmagem.

“Desses tivemos 190 casos positivos, apenas 6 casos de internação e nenhum óbito. Além disso, me orgulho em dizer que não tivemos nenhum caso de contágio coletivo o que demonstra a seriedade e o compromisso das nossas produtoras com o cuidado com a saúde e a vida de todos os envolvidos no processo”, afirma.

“O lado positivo da pandemia foi ter nos proporcionado uma maior aproximação com as agências e aqui incluo alguns clientes também. Nos falamos quase diariamente, trocamos informações, dividimos problemas, buscamos juntos entendimentos para os questionamentos. Nos unimos muito durante a pandemia e sinto que estamos mais fortalecidos como mercado. Mais do que um selo de qualidade, hoje a APRO se tornou um lugar de escuta e de troca”, finaliza Marianna.