FIAP 50 ANOS

EDIÇÃO SERÁ UM GRANDE APRENDIZADO

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Presidente do júri de Produção do FIAP, Simón Bross acredita que situação mundial proporcionará lições importantes 

Simón Bross

Diretor de filmes publicitários mais premiado da Ibero América, Simón Garcia Bross, vai presidir pela terceira vez um júri do FIAP na edição 2021, a ser realizada entre 5 e 7 de outubro de forma online com sede em Miami.

Nascido em 1960 no município de Naucalpan de Juarez, em 1987 fundou a Garcia Bross na capital do país. Desde então, a produtora também é a mais premiada de toda a história da propaganda mexicana.

Em sua galeria de troféus, prêmios conquistados nos mais importantes festivais publicitários do mundo, do Clio a Cannes, do New York a London e, claro, do Festival Ibero Americano de la Publicidad, do qual é o único diretor de seu país incluído no Hall da Fama.

Além da publicidade, Bross também tem em seu portfólio programas para a TV, como “Diario de um Cocinero”, e longas-metragens como “Quien Diablo es Juliette?” e “Elvira”, entre outros filmes de sucesso.

Para ele, além da honra do convite para comandar pela terceira vez o júri de Produção do FIAP, este ano é uma oportunidade nova de conhecer as tendências da comunicação da região.

“E tenho certeza de que vou reconfirmar que a ideia continua sendo o mais importante de qualquer peça de publicidade, independente de que meio ela se utiliza e da forma para entregar a mensagem. Ela pode ser realizada desde com uma câmera sofisticada, com o máximo de pixels, até com um telefone celular”, diz.

Bross explica que pelo fato de participar de festivais sempre como jurado ou presidente de júri, não compete e com isso pode analisar os trabalhos com total isenção, sem interesse pessoal.

Como diz, agora é muito mais complexo julgar peças, já que em relação aos festivais do passado, que incluíam poucas áreas como TV, Gráfica e Rádio, o mundo atual mostra um crescimento exorbitante de meios, com a ajuda da tecnologia.

“Isso é fantástico porque para uma peça ser relevante atualmente, ela tem que competir com muitíssimas mais peças e muitos meios. E ainda temos que celebrar que com isso a comunicação se democratizou e se popularizou”, afirma.

Bross exemplifica esse quadro dizendo que hoje, uma pessoa em casa, com uma boa ideia e um telefone celular, pode gerar um grande conteúdo.

“Esse FIAP vai ser incrível, porque vamos poder ver trabalhos realizados antes da pandemia, com todas as condições que se ofereciam, e trabalhos feitos durante a pandemia, com recursos limitados. Vamos constatar que a produção mudou junto com a mudança do mundo, para o bem ou para o mal”, comenta.

Conforme o diretor, para os diretores o momento é importantíssimo. Conta que com a pandemia ele teve que reaprender muitas coisas, pela forma como teve que trabalhar, com o tempo maior disponível para pensar, meditar.

“A vida nos deu um momento de pausa forçada, e uma oportunidade para que cada um saia uma pessoa melhor dessa situação”, espera.

“Outras pandemias que assolaram o mundo representaram um renascimento. Essa pandemia da Covid-19 também deve representar o reinício do século. Esse FIAP de 50 anos também vai ser um grande aprendizado, sobre a indústria da comunicação da região iberoamericana”, conclui.