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MÁSCARAS MODERNAS DE VELHOS PROBLEMAS

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No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado neste 31 de maio, novo movimento da ACT Promoção da Saúde, Associação Médica Brasileira e Fundação do Câncer, alerta a sociedade brasileira sobre os males à saúde relacionados ao tabagismo e as consequências no campo da Covid-19.

Sob o conceito “Vape Vicia”, a comunicação aponta os riscos dos dispositivos eletrônicos para fumar, categoria que engloba os cigarros eletrônicos, de tabaco aquecido, vaporizadores, pods e outros.

Campanha da agência 1121 utiliza o tema “Novos Produtos, Velhos Problemas” para desconstruir o marketing de que tudo que é tecnológico é moderno, denunciando os malefícios desses produtos supostamente criados para minimizar os efeitos do fumo.

A campanha conta com financiamento da Vital Strategies e da Campaign for Tobacco Free Kids, que apoia a ACT. As peças, desenvolvidas em visual retrô, como os primeiros reclames de cigarro,  e estarão disponíveis nas redes sociais da Associação Médica Brasileira, da ACT, da Fundação do Câncer e dos parceiros.

“2021 tem sido um ano desafiador devido ao impacto da pandemia de Covid-19. Mais do que nunca devemos celebrar a vida e cuidar da saúde. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, reiteramos a importância da prevenção e cessação do tabagismo, em todas as suas formas. A campanha ACT-AMB-Fundação do Câncer mostra que os novos produtos são muito atrativos, mas trazem os velhos problemas, mantêm as pessoas dependentes e prejudicam sua saúde”, diz a psicóloga Mônica Andreis, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde.

A campanha, que tem veiculação em jornal, redio, midia programática no digital  e redes sociais, também alerta para os riscos de fumar em tempos de pandemia, já que o fumo pode agravar o desenvolvimento da Covid-19.

A comercialização e propaganda dos cigarros eletrônicos e de tabaco aquecido são proibidas no Brasil, mas os fabricantes têm pressionado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberá-los. O setor alega que o produto seria de risco reduzido por não haver combustão e destinado apenas a adultos fumantes que não querem ou não conseguem parar de fumar.

No entanto, pesquisas independentes mostram outra história. Os DEFs têm substâncias altamente tóxicas e foram responsáveis pelo aumento no consumo entre jovens nos países em que eles podem ser comercializados. Além disso, é importante destacar que a maior parte desses dispositivos contém nicotina, o princípio ativo responsável pela dependência química do fumante, e estudos têm mostrado que não ajudam na cessação, e muitos fumantes continuam fumando e fazendo uso dos vaporizadores.

Para o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, é preciso sempre lembrar dos danos causados pelo tabagismo à saúde: a dependência do tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A indústria do cigarro vem impulsionando muitas pessoas para o uso de dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs). O argumento é o de que seria uma solução para a dependência química, mas esse é só mais um artifício absurdo de quem tenta convencer o mundo de que fumar não faz mal. Uso de DEFs é tabagismo. A política de controle do tabaco evoluiu muito em nosso país, porém, ainda precisamos avançar. Sabemos que essa é uma busca permanente porque, mesmo com o trabalho de tantos pela saúde pública, há os que negam um fato já comprovado pela ciência: o de que o cigarro mata”, afirma.