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O UNIFORME QUE VALE OURO
Publicado emÚnica mulher na delegação brasileira quase que exclusivamente masculina nas Olimpíadas de Tóquio de 1964, Aída dos Santos não ganhou medalha. Ficou em quarto lugar. Mas seu resultado no salto em altura se manteve como o melhor individual entre os atletas do país por mais de 30 anos.
Negra e pobre, criada em uma comunidade de Niterói, no Rio de Janeiro, ela conquistou o quarto lugar em sua modalidade. Competiu sem treinador e sem uniforme e com uma entorse no tornozelo. Agora, 57 anos depois e às vésperas de novos jogos olímpicos na capital japonesa, recebe uma homenagem da Centauro.
Criada pela agência TracyLock, a ação “O Uniforme Que Nunca existiu” incluiu a produção de peças inéditas do uniforme que Aída deveria ter usado no Japão. As roupas, inspiradas na trajetória da atleta, foram desenhadas pela estilista Carol Barreto. Objetivo é perpetuar a história de Aída e incentivar o fomento ao esporte principalmente entre os jovens sem recursos.
“A herança que a Aída nos deixou precisa ser lembrada para sempre, com mais valor e reconhecimento. Sabemos que não podemos mudar os erros e atitudes do passado, mas devemos promover mudanças agora, daqui em diante. Homenagear Aída é um passo na tentativa de ressignificar um momento marcante, mas também muito triste de sua história e de tantas outras atletas. E a Centauro, como parte de um ecossistema que acredita no esporte como agente transformador de vidas, tem muita honra em poder homenageá-la com algo que, embora tão simples, seja tão significativo para todos os atletas”, diz Gustavo Milo, gerente executivo de Marketing da empresa varejista.
Aos 84 anos, Aída foi convidada a receber seu uniforme na pista de atletismo do Estádio Olímpico Nilton Santos, o Engenhão. A emoção desse momento foi capturada e transformada em um filme com locução da cantora e compositora Sandra de Sá. A campanha conta ainda com uma ação com influenciadores e personalidades do esporte, conduzida pela agência Giusti Comunicação, com o objetivo de ampliar a repercussão dessa história, e estratégia de mídia na Rede Globo, com inserções no Globo Esporte São Paulo na TV e no digital.
“Concebemos a ideia do Uniforme que nunca existiu há 9 meses na TracyLocke. Foi uma verdadeira gestação. Um projeto que já rendeu muitas lágrimas ao longo do seu caminho e que nos enche de orgulho. Não apenas pela homenagem à Aída do Santos, o que já seria suficiente, mas também por termos a chance de pensar e poder contar com profissionais talentosas, da estatura da Aída, para conduzir este projeto. Carol Barreto, estilista, criadora do uniforme. Giorgia Prates, diretora que teve a sensibilidade certa para contar essa história e a voz inconfundível da Sandra Sá. O sentimento é de missão cumprida ao entregar dessa maneira o uniforme para Aída”, explica Daniel Ottoni, CCO da TracyLocke Brasil.
Criação de José Spagnuolo, Daniel Ottoni, Renato Maroni e Caio Gatti. Produção da Ladybird, com direção de Giorgia Prates, fotografia de Vagner Jabour e produção executiva de David Santos. Produção Executiva: David Santos. Som da Jamute, com produção de James Pinto e Thiago Lester.
Aprovação de Gustavo Milo Marasco, Rafael Santos e Thiago Busse.