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AUDIOVISUAL APRESENTA TÍMIDA RECUPERAÇÃO
Publicado emCom um aumento de 0,7% das obras publicitárias brasileiras, o mercado audiovisual anuncia uma tímida recuperação em 2021 em relação ao ano anterior. No mesmo período, os registros de obras estrangeiras caíram 9%.
De posse dos dados da ANCINE, a APRO realizou no último mês de janeiro um mapeamento do mercado. Participaram da pesquisa 54 produtoras associadas e 22 representantes do time de produção das agências.
De acordo com os dados da ANCINE, em 2021, o número de registros de obras publicitárias foi de 38.538 títulos. Em 2020 onde foram registrados 38.281 títulos.
No cenário nacional, os estados do sul e sudeste mantiveram os maiores números de registros, assim como as posições, com exceção do Rio de Janeiro, que passou a ocupar o mesmo lugar que o Rio Grande do Sul.
São Paulo permaneceu em primeiro lugar com a mesma porcentagem do ano passado (32%), seguido por Paraná (11%), Santa Catarina (9%), Minas Gerais (7%) e Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (6%).
“Assim como no ano passado, mantivemos uma análise mais profunda com base em dados quantitativos e qualitativos. Aprendemos muito com 2020 e acredito que tivemos uma atuação ainda melhor, principalmente com a vacinação de Covid-19. Buscamos maneiras mais eficientes para mitigar os riscos e gargalos de dois anos atrás e a pesquisa mais uma vez nos ajudou a traçar um retrato real de como foi 2021 para as nossas produtoras, assim como entender o olhar do mercado publicitário em relação às iniciativas lideradas pela APRO”, explica Marianna Souza, presidente executiva da entidade.
De acordo com produtoras associadas à APRO, apenas 25% tiveram projetos cancelados (em 2020, esse valor era de 56%) e 54% das associadas aumentaram o número de funcionários fixos (no mesmo período de 2020, 50% declararam redução no quadro de funcionários) e 27% não tiveram alteração.
Para as produtoras associadas, 44% perceberam um aumento nos orçamentos em 2021 e 23% dizem que continuou igual ao ano anterior. Além disso, 62% das produtoras declararam que o custo Covid impactou entre 5 a 10% dos orçamentos dos filmes.
O lado negativo é que apenas 42% das produtoras conseguem repassar os custos relacionados a aplicação do Protocolo de Saúde para os clientes.
“Com a vacinação e a diminuição de casos, conseguimos ver um mercado aquecido e uma retomada positiva para as produtoras. No entanto, por mais que tenha tido medidas flexibilizadas, não podemos deixar de enfatizar medidas que foram necessárias para que o cenário continuasse positivo como: a obrigatoriedade da vacinação, a importância do respeito a jornada de trabalho de 12h e o número de pessoas permitidos nos sets”, complementa Marianna.