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QUASE TUDO O QUE O DONO PRECISA SABER
Publicado emAo deixar a Talent em 2013 após 32 anos na agência da qual foi sócio e diretor, Antonio Lino Pinto se tornou num dos consultores de negócios mais respeitados do mercado.
Há sete anos atua através da sua Viramundo Consultoria em Gestão e nesse período lançou três livros voltados à gestão das agências de propaganda. Agora, apresenta nova obra dedicada aos milhões de empreendedores que lidam com o desafio de manter a atividade.
Ciente de que parte deles desconhece até questões básicas da gestão, o que, ao final, pode inviabilizar a continuidade do negócio ou seu sucesso, Lino lança “Gestão Para Empreendedores” na próxima terça-feira (16) a partir das 19 horas na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi.
Entre as empresas que iniciam atividades, quase 30% fecham no primeiro ano, e 20%, no segundo. Apenas em 2021, foram abertas cerca de 800 mil empresas de diversos portes, de um total de mais de 4 milhões, incluindo os microempreendedores individuais. E se por um lado comprava a força do empreendedorismo, por outro mostra a dificuldade em gerir os negócios e mantê-los em operação.
Em tom de conversa com os leitores, em uma linguagem simples e de fácil compreensão, o autor analisa os principais aspectos que devem ser considerados na administração do negócio, como o papel dos sócios na gestão, a velocidade na entrega do produto como fator que pode ampliar o lucro, a necessidade de ter um planejamento do negócio e um orçamento, e recomendações sobre como gerenciar o fluxo de caixa ou lidar com questões relacionadas à gestão de pessoas, incluindo o modelo home office.
As recomendações feitas por ele, no livro, valem para negócios de todos os tipos e empresas que faturam de R$ 1 milhão a R$ 100milhões, de diversos setores, seja uma rede de lojas ou um escritório de advocacia, uma empresa de tecnologia ou um salão de cabeleireiro, uma revendedora de automóveis ou um restaurante.
“Os conceitos básicos sobre gestão aplicam-se a qualquer tipo de empresa, o que muda é apenas a complexidade, dependendo do tamanho e da atividade de cada uma”, diz Lino.
“O foc precisa ser olho no cliente, equipe de primeira linha, sócios comprometidos com o negócio e sua perpetuação, atenção à gestão financeira, investimento em tecnologia, inovação na forma de operar e na qualidade do produto a ser entregue, dos serviços ou dos manufaturados, além da atenção especial às pessoas, o mais valioso ativo da empresa”, afirma.
Segundo ele, o planejamento pode ter o formato de um business plan ou até o caráter mais informal de uma conta de padaria, desde que se faça o cálculo de quanto o negócio pode render efetivamente, descontadas todas as despesas e considerando quanto é preciso vender a cada mês, ou mesmo por dia, para que as despesas sejam pagas e haja algum lucro.
“São muitos os casos de empreendedores que decidem abrir um negócio imaginando que ele se pagará, mas sem fazer a conta de quantas pessoas deverão ser atendidas ou quantos produtos terão que vender para que a conta feche no final do mês ou remunere o investimento”, completa o autor.
“É aconselhável repensar o negócio a cada três anos, inclusive avaliar até a possibilidade de começar do zero, achar novos caminhos para a empresa se manter ativa, rentável e valorizada”, finaliza.