Memória

ZELÃO LEVOU O SOM, O HUMOR E A CRIATIVIDADE

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Impossível contar a história do jingle publicitário sem falar de José Luiz Nammur, o Zelão, autor de peças musicais para Gelol, Caldos Maggi, Kolinos e tantas outras que ficaram na memória do público brasileiro.

Zelão nasceu em 26 de outubro de 1946 e faleceu nesta sexta-feira (19) em São Paulo. Deixou mais de 6 mil músicas compostas e um legado inesquecível para a propaganda brasileira.

Ele ganhou mais de 200 prêmios em festivais do mercado com trabalhos que imortalizaram frases como “Tropeçou, caiu, machucou? Passa Gelol que passa”, ou “Coca-Cola, isso é que é”, “Maggi, o caldo nobre da galinha azul” e “Kolynos, o gosto da vitória”.

Participou de todos os festivais de música das emissoras Excelsior, Record e Globo, e fez direção musical de peças de teatro como “Arena Conta Tiradentes”, como assistente, e “Roda Viva”, em parceria com Carlos Castilho.

Antes de se dedicar ao som publicitário, Zelão começou a tocar no início dos anos 60 em vários barzinhos da moda, como o João Sebastião Bar, O Cambridge e o Barbossinha , na época da Bossa Nova, que abriu portas para muitos músicos do país.

Na publicideade, Zelão fez parte da antiga produtora Sonima e depois partiu para seu próprio negócio, o estúdio New Zelão.

O músico residia há mais 35 anos em um condomínio da Granja Viana, no município de Cotia, na Grande São Paulo.

Foi lá, ao lado do humorista Beto Hora e do também compositor César Brunetti, já falecido e também jinglista famoso, autor de “Pipoca com Guaraná”, que ele nos recebeu em 2013 para a gravação de um dos nossos Videoblogs de maior audiência no YouTube.

Foi uma aula de criatividade e talento desse segmento de som publicitário. Também um dos encontros mais divertidos e encerrado com uma peça de humor daquelas que só Zelão sabia compor.

Vale a pena ver de novo.