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SE OS PEIXES PUDESSEM FALAR
Publicado emTecnologia criativa deu voz aos peixes na campanha “Ouça o Oceano”, da Sea Shepherd Brasil, criada pela Wieden+Kennedy São Paulo.
O objetivo é conscientizar as pessoas sobre os impactos negativos das ações humanas na vida marinha.
O lançamento comemora o “Dia Mundial dos Oceanos” imaginando como os habitantes e verdadeiros donos dos mares, reagiriam ao que prejudica seu mundo sem promover práticas sustentáveis.
A Sea Shepherd é uma organização de conservação marinha sem fins lucrativos fundada em 1977 pelo capitão Paul Watson. Em 1999 abriu a versão brasileira junto com Daniel Vairo e Alex Castro.
O Dia Mundial dos Oceanos (World Ocean Day) foi originalmente proposto em 1992 pelo International Centre for Ocean Development do Canadá e pelo Ocean Institute of Canada na Cúpula da Terra – Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. E foi foi oficialmente reconhecido como 8 de junho pelas Nações Unidas em 2008.
A campanha “Ouça o Oceano” utiliza tecnologia de captação de movimento para transformar o movimento dos peixes em palavras. A ação conta com o lançamento de um vídeo no YouTube e Instagram da organização, onde os peixes com personalidade “falam” sobre questões críticas que afetam os mares, como poluição, sobrepesca e aquecimento global.
“É uma chamada urgente para combater nossa maneira hoje insustentável de conviver com o oceano. Em nossa missão de proteção ao oceano, dizemos que a vida no mar são nossos únicos clientes. Portanto, nada é mais justo do que simbolicamente deixar eles terem a voz neste dia de reflexão. Estamos traduzindo as necessidades e sofrimentos dos peixes e demais habitantes do mar de uma maneira que todos possam entender e se conectar,” disse Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil.
“O que colocamos no oceano ou retiramos dele afeta toda a vida marinha e também a nós mesmos, e já estamos sentindo na pele este efeito” completa.
“Quando a gente trabalha com uma ONG como Sea Shepherd, a primeira coisa que precisamos fazer é pesquisar. E nessas pesquisas percebemos que tudo o que a gente faz acaba tendo consequências para a vida marinha. Isso gerou em nós um sentimento de injustiça, uma revolta. Se até a gente tá se sentindo assim, imagina a vida marinha, que tá sofrendo mais ainda? E fica pior, pois diferente da gente, eles não podem se expressar. Então pensamos, e se pudessem?” explicam Bruna Lemes e Basq Anderson, dupla criativa da Wieden+Kennedy São Paulo.
Criação de Bruna Lemes e Basq Anderson, com direção criativa de Alexandre Giampaoli e Humberto Cunha e direção geral de Rodrigo Jatene. Produção da JOINT SP por Gabriel Santana, Rodrigo Lazzareschi Aranha. Som da Mugshot, com produção de Gilvana Viana, música de Bruno Zibordi, Chico Reginato e Joshi Eduardo e direção musical de Arthur Abrami e Mauricio Herszkowicz.