Ação Social

MULHERES CONTAM PARA COMBATER A VIOLÊNCIA

Publicado em
Mariana Varella

Produzido pela Júpiter Conteúdo em Movimento, em parceria com o Magazine Luiza e o Instituto Mulheres do Brasil, acaba de ser lançado o documentário “Pra Quem Eu Vou Contar? Um Retrato da Violência Doméstica no Brasil”.

Apresentado por Mariana Varella, jornalista do portal Drauzio Varella, filha do médico e colunista do UOL, e dirigido por Thaís Roque, o vídeo aborda o ciclo de abuso contra as mulheres e o impacto da violência doméstica na saúde mental.

No ano passado, 3.181 mulheres foram vítimas de violência doméstica no Brasil. Ou seja, a cada 24 horas oito mulheres são agredidas por companheiros ou familiares.

O documentário conta com entrevistas exclusivas da ativista dos direitos das mulheres Maria da Penha, a infectologista Ivete Boulos e a empresária Luiza Trajano, além de apresentar a história de Bárbara, vendedora do Magalu que usou os canais da empresa para expor e sair de um relacionamento abusivo.

“O documentário busca quebrar o silêncio e conscientizar a sociedade sobre os padrões da violência doméstica, proporcionando às vítimas um espaço para se sentirem ouvidas e compreendidas. Ao dar voz às próprias vítimas, a produção humaniza a questão da violência doméstica e demonstra que cada história é única e merece ser ouvida. Ao compartilhar suas experiências, as mulheres encorajam outras vítimas a buscar ajuda e quebrar o silêncio”, diz Mariana Varella.

Ao longo da produção, a equipe identificou um padrão comum nas histórias das vítimas, independentemente de suas diferenças sociais e regionais. A sensação de vergonha, medo, culpa e dificuldade de romper o ciclo da violência são elementos presentes em quase todos os relatos. Essa constatação reforça a importância de conscientizar a sociedade sobre os sinais de violência doméstica e oferecer apoio às vítimas.

“A pesquisa do filme foi conduzida de forma muito cuidadosa por nossa roteirista, Paula Padilha, com o apoio fundamental do Magalu e da ONG Mulheres do Brasil, que nos ajudaram a acessar dados relevantes e nos conectar com mulheres que sofrem ou sofreram violência doméstica”, explica Thaís Roque, diretora do documentário.

“Nós, da Júpiter Conteúdo, produzimos o filme porque essa causa também faz parte do nosso compromisso com a sociedade. Com o nosso alcance no digital, temos a oportunidade de levar informações a um grande número de pessoas, ajudando a conscientizar e a fornecer ferramentas para que mais mulheres possam sair do ciclo de violência doméstica”, completa.

“Há sete anos, uma gerente do Magazine Luiza foi vítima de feminicídio e isso me marcou profundamente. Eu sabia que a gente tinha que se posicionar e montar frentes para que isso não se repetisse. Desde então, criamos ações de treinamento nas lojas para que todos, de supervisores à colegas de trabalho, aprendessem a identificar os sinais de violência, além de oferecer uma rede de apoio para as mulheres”, afirma Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil.

“Quando você levanta essa bandeira, os agressores ficam com medo porque eles sabem que a mulher tem uma rede de apoio forte atrás dela. É por isso que as empresas precisam se comprometer com a causa. A violência doméstica existe em todos os lugares do mundo e agora a missão do Grupo Mulheres do Brasil é montar um comitê global para acabar com todo e qualquer tipo violência. O objetivo sempre será salvar a mulher”, finaliza a empresária.