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CHÁ REPARAÇÃO 27 ANOS DEPOIS

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Filme emocionante criado pela Propeg para o Grupo Gay da Bahia celebra o Dia da Visibilidade Trans, comemorado nesta quarta-feira e criado em 2004 como um marco na luta por dignidade, respeito e igualdade para a população trans.

Há 27 anos nascia Andrógine Paganotto Zago, que enfrentou desafios e a rejeição dos pais quando se revelou uma mulher trans.

Sua luta repleta de diálogo foi finalmente recompensada com um “Chá Reparação”, quando finalmente foi aceita pelos pais como se fosse o renascimento de uma menina há quase três décadas.

O evento, promovido pela família e amigos foi realizado para corrigir a narrativa inicial e declarar ao mundo que ela não nasceu um menino, mas sim uma menina.

Nascida na zona rural, Anne enfrentou desde cedo o peso das expectativas sociais de gênero. Durante sua infância e adolescência, viveu momentos de conflito interno e externo em um ambiente que pouco conhecia ou compreendia a existência de pessoas trans.

Apesar disso, construiu uma trajetória marcante. Formada em cinema, artista visual, modelo e dançarina, Anne também liderou ações importantes pela visibilidade LGBT+.

“Famílias felizes reconhecem e respeitam os limites de cada membro, acolhem conversas difíceis e aprendem com seus erros em vez de justificá- los”, diz Emerson Braga, CCO da Propeg.

Segundo Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, Chá de Reparação é mais do que um filme. É um manifesto especialmente relevante no momento em que vivemos, em que as identidades de gênero estão sendo questionadas.

“Agora, mais do que nunca, é o momento de combater a intolerância e o preconceito. Trabalhos como este transformam rejeição em aceitação e reforçam o poder da família e da comunidade na construção de um futuro mais inclusivo”, diz.

O filme será veiculado na TV e em mídias sociais. Além disso, a campanha convida os pais de filhos transgêneros a recriarem seus próprios chás de reparação e a compartilharem o momento por meio da hashtag #ChaDeReparacao.

Criação de Ursula Vasconcelos, Emerson Braga, Pablo Leiro, Rodrigo Carvalho e Eduardo Fialho, este também diretor criativo com Hermes Zambini. Direção geral de Emerson Braga.

Produção da Ellah Filmes, com direção de Thiago Artimonte e Rogério Engelhardt, fotografia de Edu Lopes e produção executiva de Danillo Menezes. som da Ielow Sound, com produção de Mateus Gageiro. Aprovação de Marcelo Cerqueira.