Polêmica

TINHAM PASSADO POR CIMA DO TEMA BV

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As produtoras passaram os últimos anos jurando de pés juntos que não pagavam BV às agências. Até porque em muitos casos ele substituía a taxa de produção que grande parte dos anunciantes se recusa a pagar. E também porque não consta em qualquer regra do mercado. Com o surgimento do nome da Borghi Lowe na Operação Lava Jato, porém, fornecedores envolvidos acabaram admitindo o pagamento dessa bonificação às empresas do ex-deputado André Vargas, conforme indicado pelo ex-diretor geral da agência em Brasília, Ricardo Hoffmann, preso pela Polícia Federal para esclarecer o destino desse dinheiro. Agora voltamos ao estágio inicial. Em comunicado aos seus clientes na manhã desta quarta-feira (15), a Borghi Lowe nega a cobrança do BV: “Não é política da agência permitir o recebimento de bonificação por indicação de fornecedores. Nossa agência acredita que a indicação dos melhores fornecedores é uma obrigação sendo parte integrante do processo de criação e produção de boas campanhas. Reafirmamos que a BorghiLowe não compactua com qualquer ato ilícito no exercício de suas atividades. Nós estamos cooperando ativamente com as investigações em andamento e continuaremos a fazê-lo”. Da mesma forma, documento da Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais, pronto para encaminhamento à imprensa, segue no mesmo caminho: A APRO vem por esse meio manifestar seu total desconhecimento sobre os fatos relacionados à Bonificação de Volume, BV. A APRO sempre orientou seus associados no sentido de seguir as melhores práticas de mercado, bem como o atendimento a toda a legislação vigente em nosso país. A APRO não pactua com condutas que não sejam estritamente de acordo com a lei. Nada temos a declarar além disso”. A Aprosom, que representa as produtoras de áudio também emitiu comunicado: “Em relação aos últimos acontecimentos envolvendo produtoras de som publicitário, a APROSOM afirma que as produtoras têm total autonomia de negociação em suas respectivas empresas. Frisamos que nossa entidade sempre orientou seus associados a respeitarem e seguirem a legislação brasileira e as melhores práticas do mercado, alertando sobre condutas frente aos fornecedores e colaboradores. Nada mais temos a declarar no momento”.