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BRASIL INICIA RETOMADA NO CYBER LIONS
Publicado emDesde o ano 2000 e durante quase toda a década passada o Cyber Lions foi uma fonte de troféus para a propaganda brasileira no Festival de Cannes. Contribuiu muito com seus pontos para a soma que levou agências como Almap BBDO, F/Nazca e DM9 DDB ao titulo de Agency of the Year. Nos últimos três anos, porém, a performance nacional na área chegou a níveis decepcionantes. O que aconteceu? Para Luciana Haguiara, co-diretora de Criação da Almap e jurada do País no Cyber Lions 2012, a resposta à questão é muito simples. “Acho que não fomos tão bem nos últimos anos por termos poucos trabalhos com um ótimo nível criativo e de produção. O Brasil não pode mais ficar lamentando que não tem recursos para fazer digital, ou que os clientes não querem investir. Isso não é verdade. Podemos ter ideias brilhantes e temos que caprichar na execução. O que não é impossível de fazer”, diz a profissional. Formada em Publicidade, ela está na Almap desde 2004 e antes passou por agências como Publicis, Giacometti e Ogilvy Interactive. Sua carreira começou na publicidade off line, na JWT, e estreou na Criação Digital na Ogilvy, onde durante quatro anos trabalhou exclusivamente na conta da IBM. Luciana já conquistou diversos prêmios em festivais internacionais, entre eles o próprio Cannes Lions, One Show, London Advertising Awards, El Sol e El Ojo de Iberoamerica, do qual também foi jurada. Nesses sete anos de Almap desenvolveu campanhas para Volkswagen, Greenpeace, Pepsi, Havaianas, Antarctica, Audi, Gol Linhas Aéreas, Bauducco, IBM, Motorola, Bradesco Seguros, VW Caminhões, Ford e Boticário. Neste ano, com orgulho vai representar o Brasil e Almap, Agency of the Year 2011 em Cannes. Em busca do resgate da imagem da propaganda nacional no Cyber Lions e atenta às peças criadas no País, diz que tem visto bons trabalhos. “Lógico que não vamos sair carregados de leões de um ano pra outro. Ninguém espera isso. Acho que agora o digital está sendo construído de um jeito sério no Brasil. Veremos o resultado disso daqui a uns dois ou três anos”, conclui.