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PEDAÇO ALEGRE DA HISTÓRIA DO RÁDIO
Publicado emAos 22 anos, Luiz Duarte Amorim Filho deixou sua Cajazeiras, na Paraíba, com uma bagagem de mão e deixando sete irmãos órfãos para realizar o sonho de se tornar jornalista e mais especificamente radialista.
Cinco décadas depois, e conhecido por Mano Véio, pasoou por diversas emissoras de rádio até se fixar no grupo Bandeirantes, onde atuou como repórter setorista de aeroporto e se destacou pelo seu poder de comunicação.
Essa história de 50 anos do maior forrozeiro do Brasil é contada no livro “Mano Véio”, pelo jornalista Antoninho Rossini, amigo e fã daquele que melhor difundiu as manifestações culturais nordestinas pelo país.
Rossini lança a obra nesta terça-feira (23) na Livraria da Vila da Alameda Lorena, 1731, em São Paulo, a partir das 18h30.
A trajetória de Mano Véio no Rádio começou com o programa “Nas Quebradas do Sertão”, na Bandeirantes, com o objetivo de divulgar a cultura nordestina, principalmente o forró.
Amorim Filho se transformou em “Mano Véio” por sugestão do parceiro, Expedito Duarte o “Mano Novo.
O livro registra passagens de “Mano Véio”, com os nomes mais respeitados da música e do folclore do Nordeste, como Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Waldemar dos Passarinhos, Frank Aguiar e a banda Matruz com Leite entre outros consagrados artistas.
Todas as madrugadas e ao vivo, “Mano Véio” apresenta pela Rádio Nativa, o “Forró Nativa”, um programa de cinco horas, recheado de música, interatividade com os ouvintes, humor e mensagens de confiança. Ele costuma dizer: “não tenho ouvintes, tenho seguidores. Só a rádio tem esse poder de criar raízes com o povão. Somos uma grande família”.
Rossini resgata passagens de Amorim Filho ainda jovem nas emissoras locais da Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro até conquistar seu espaço definitivo em São Paulo. “Trata-se de um verdadeiro legado e serve de exemplo às pessoas que perseguem seus sonhos com determinação. Apegado à fé, devoto de Padre Cícero Romão Batista e Santo Expedito, Mano Véio construiu uma história que deve ser sempre lembrada”, diz o autor.