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VISÃO FEMININA TRANSFORMA EMPRESAS
Publicado emAlém de equilibrarem os ambientes de trabalho na questão de igualdade, as mulheres, com as características inerentes ao gênero, são fundamentais para uma verdadeira transformação do modelo de gestão das empresas.
Essa é uma das conclusões da segunda edição do evento Mark Up BrainStorm, promovido pela agência de Live Marketing presidida por Silvana Torres, sob o tema “Empreendedorismo Feminino”.
Com moderação da jornalista e apresentadora Bruna Calmon, participaram dos painéis Adriana Carvalho, gerente dos Princípios de Empoderamento das Mulheres na ONU Mulheres, Gal Barradas, publicitária, empreendedora em startups de tecnologia, Maria Laura Nicotero, CEO da Momentum Brasil e Diretora Executiva Momentum para América Latina, Marcia Esteves, presidente da Grey, Daniela Cruz, cofundadora da Vult Cosméticos, e Paula Gertrudes, fundadora da plataforma Connection e da agência ACT1ON.
As executivas acreditam que muitos aspectos femininos podem contribuir nos negócios e, consequentemente, no desenvolvimento do país. De acordo com Daniela Cruz, toda mulher que começa um negócio possui um propósito maior do que gerar fluxo de caixa.
“Qualquer trabalhadora, seja empreendedora ou não, está acostumada carregar a famosa culpa por não dar atenção à família, à vida pessoal. É algo que, no passado, nunca fez parte da vida do homem”, disse Paula Gertrudes.
Como as marcas podem investir com legitimidade na pluralidade feminina? Para Adriana Carvalho, isso só é possível se for um reflexo da cultura da empresa. “É preciso que as empresas olhem para fora, mas olhando para dentro”, afirmou.
Para Gal Barradas, não basta apenas ter o desejo de ser plural e diversificar. “As empresas têm um papel fundamental para que a diversidade seja realmente alcançada. Antes de mais nada, elas precisam incluir essas pessoas no ambiente de trabalho”, explicou.
Uma das dicas de Marcia Esteves é transformar reações em ações práticas. “Para que mais mulheres tenham mais condições de subir profissionalmente, nós temos a missão de mudar os pequenos ambientes que lideramos. Sabemos que é um processo complexo, mas as lideranças precisam construí-lo por meio de sistemas transparentes, procedimentos claros e muito diálogo”, aconselhou.
Para Maria Laura Nicotero, as mulheres não precisam adquirir características masculinas para liderar processos. “Essa percepção não é correta. Força, luta e assertividade podem ser características tanto de homens como de mulheres líderes.
O MUBS “Elas” foi uma edição especial e comemorativa dos 25 anos da Mark Up, cujo board é 100% feminino.
“Foi um prazer receber esses ícones da representatividade feminina. Estamos vivendo bons tempos, é verdade. Mas ainda há um longo caminho pela frente e é muito importante que nós, que já ultrapassamos obstáculos e chegamos ao topo, consigamos reduzir essas barreiras e abrir portas para as profissionais que estão nessa luta”, encerrou Silvana Torres, presidente da agência.