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A ÚLTIMA MISS BRASIL?
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Realizado desde 1954, quando a baiana Marta Rocha, hoje com 82 anos, se tornou a primeira Miss Brasil, o concurso pode acabar no país. A 65ª edição, promovida em São Paulo com a vitória da mineira Julia Horta, pode ter sido a última.
Após oito anos exibindo a competição, além do Miss São Paulo, a Band TV informa que não vai renovar o contrato de patrocínio com a Polishop, através de sua marca Be Emotion.
Dessa forma, os brasileiros só terão sua miss em 2020 caso a Miss Universe Organization, evento da empresa Willian Morris Endeavor, consigam encontrar novos parceiros no país.
A emissora garante, porém, que a Julia Horta, vai representar o Brasil em dezembro na edição 2019 do Miss Universo, como última ação conjunta entre Band e Polishop Be Emotion.
Após eleições esporádicas no início dos anos 1900, o concurso oficial de Miss Brasil começou mesmo com Marta Rocha, que naquele ano se classificou em segundo lugar no Miss Universo.
Com patrocínio de Maiôs Catalina, de Petrópolis, as edições posteriores fizeram sucesso com eventos na boate do Palácio Quitandinha, hotel cassino daquela cidade do Rio de Janeiro.
Em 1955, com a entrada dos Diários Associados na promoção e transmissão do evento, o Miss Brasil passou a ter ampla cobertura da imprensa e se tornou o segundo evento mais assistido no país, atrás apenas do jogos da Seleção Brasileira de Futebol.
Com a sede transferida do Rio para Brasília, o concurso elegeu a primeira brasileira Miss Universo, a gaúcha Ieda Maria Vargas em 1963. O feito foi repetido pela baiana Martha Vasconcellos, em 1968.
Em 1977, com a saída da marca de cosméticos Helena Rubistein do patrocínio do evento, a Tupi transmitiu o Miss Brasil ao vivo pela última vez. Mesmo assim, manteve o poder da franquia até 1981, quando vendeu os direitos de transmissão ao recém-criado SBT, que os manteve até 1989.
