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BIA RESPONDE A ASSÉDIOS SEXUAIS

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Apesar de falar como humana, ela é uma inteligência artificial. Mesmo assim, BIA, a assistente virtual do Bradesco, já recebeu cerca de 95 mil mensagens de ofensas e assédio sexual. O ataque a uma pessoa não real, porém, revela uma situação vivida por todas as mulheres.

Campanha do banco que estreou nesta segunda-feira (5) na TV apresenta uma mudança de tom das respostas e posiciona BIA de forma contundente contra o assédio.

Antes, quando a inteligência artificial do banco recebia algum xingamento, a resposta era passiva: “Não entendi, poderia repetir?”, em uma tentativa da pessoa mudar o tom da pergunta. A partir de agora, o posicionamento torna-se mais direto, forte, sem subserviência ou passividade.

“Essas palavras não podem ser usadas comigo e com mais ninguém” e “Para você pode ser uma brincadeira. Para mim, foi violento” são algumas das novas devolutivas da inteligência artificial do banco. A ação está alinhada com a iniciativa “Hey Update My Voice”, da UNESCO. 

Apesar das interações acontecerem de forma online com a BIA, a campanha traz mulheres de verdade no filme, representando todas aquelas que sofrem assédio no dia a dia. No começo, elas estão tristes e indignadas com as ofensas. Depois, conforme as novas respostas aparecem, as mulheres sentem-se respeitadas e fortalecidas. 

A campanha ilustra o trabalho de meses, envolvendo os times de RH, Marketing e Tecnologia do Bradesco, em linha com movimentos corporativos mais amplos, como o #AliadosPeloRespeito e as frentes de Recursos Humanos com a Universidade Corporativa Bradesco (Unibrad), com ações e posicionamentos que provocam  reflexões sobre gênero, etnias, pessoas com deficiência e LGBTI+. 

“Através dessa iniciativa, o Bradesco amplifica ainda mais as vozes da sociedade e joga luz sobre um tema que precisa ser combatido com coragem, sem hesitação, promovendo atitudes mais respeitosas frente a situações de assédio”, comenta o diretor de Marketing do banco, Márcio Parizotto.  

A estratégia de comunicação campanha também prevê anúncios, OOH, ativações nas redes sociais com vídeos de funcionárias do Bradesco mostrando os bastidores do projeto e uma landing page com o manifesto do posicionamento, conteúdos sobre as diversas formas de assédio, canais de denúncia e projetos sobre o tema.   

Ao longo da semana de lançamento, o banco fará ainda uma ação no Twitter, convidando as inteligências artificiais de outras marcas para se juntarem a este movimento de combate ao assédio. 

No dia 8, no YouTube do Bradesco, haverá uma live com Rita Batista como host e convidadas como a atriz Glamour Garcia e a psicanalista Vera Laconelli, debatendo seus pontos de vista e dando dicas de comportamento contra o assédio. 

De acordo com a diretor de Recursos Humanos do Bradesco, Juliano Marcílio, a campanha com a BIA faz parte de uma iniciativa muito maior do banco, que já acontece há alguns anos, no combate à violência contra a mulher.

“São diversas ações, como a adesão aos Princípios de Empoderamento Feminino, ao movimento He for She da ONU Mulheres, à Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, à Unstereotype Alliance, a assinatura da Convenção Coletiva Aditiva sobre Violência Doméstica e Familiar com a Mulher e a parceria com o Instituto Maria da Penha. Ampliamos a cada dia nossas ações educacionais com atitudes e o compromisso genuíno para a construção de uma sociedade madura e respeitosa”, diz.  

Internamente, as iniciativas ganharam o lema “Violência contra a Mulher. É da nossa conta” e marcam o compromisso do Bradesco em desenvolver e implementar políticas e procedimentos e garantir um ambiente de trabalho seguro.

Criação de Luana Grybosi, Douglas Reis, Gabriela Moura, Rafael Barbosa, Mariella Coimbra e Thales Contri, com direção criativa de Rico Lins e Juliana Htsch, direção executiva de Gustavo Victorino e direção geral de Criação de Domenico Massareto. Conteúdo de Claudia Cecília, Aline Botelho, Julia Miranda, Henrique Dantas e Icaro Lincoln.

Produção da Magma, com direção de Thatiane Almeida, fotografia de Pepe Mendes e Milena Seta e produção executiva de Manuel Nogueira. Som da Supersonica, com produção musical de Elga Flanger.

Aprovação de Márcio Parizotto, Carla Mita e José Maurício Lilla.