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MODA ENTRE JOVENS, PERIGO PARA TODOS

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Com objetivo convocar as pessoas a assinarem petição online contra a legalização do cigarro eletrônico, em fase de reavaliação na Anvisa por pressão da indústria tabagista, campanha alerta para o perigo desse novo dispositivo eletrônico que atrai jovens do país.

A novidade que surgiu no mundo em 2003 foi proibida no Brasil em 2009, já que seu uso vem associado a doenças como Evali, sigla em inglês para doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury).

A campanha digital criada pela agência nova/sb é assinada pelo Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab) da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz.

Essas peças, com títulos como “A indústria do tabaco esconde muita coisa de você” e “Fuja dessa cortina de vapor. Diga não ao cigarro eletrônico”, estão sendo postadas nos perfis do Cetab e dos parceiros da Fiocruz no Facebook, Instagram e Twitter.

O tema da campanha é abordado também pelo podcast “Onde tem fumaça tem fogo”, produzido pelo Cetab/Fiocruz, com o objetivo de provocar o debate sobre as mazelas da indústria do tabaco.

Para o presidente da nova/sb, Bob Costa, a estratégia da campanha é confrontar a cultura pop dos DEFs (Dispositivoes Eletrônicos para Fumar).

“Em versões saborizadas e coloridas, os dispositivos eletrônicos vendem um estilo novo de fumar como uma alternativa mais tecnológica, inteligente e saudável que os cigarros tradicionais”, afirma.

“Mas, assim como os cigarros tradicionais, é uma imagem de glamour para esconder os malefícios. Essa imagem, repleta de apelos sensoriais, é perversa porque atinge principalmente jovens e até crianças” completa.

Na opinião de Silvana Rubano Turci, pesquisadora do Cetab, a campanha é estratégica para frear a pressão da indústria do cigarro sobre a Anvisa.

“Não podemos admitir a legalização de mais um produto tóxico. É nossa obrigação, como órgão de ciência, mostrar que esses dispositivos eletrônicos representam um risco para a saúde das pessoas”, afirma.

Os posts da campanha alertam para as principais ameaças desse dispositivo, como o uso infantil, diversos tipos de enfermidades, danos ao meio ambiente, lobby de lideranças política e médica, além da glamorização da cultura vape.

Embora proibido no país, o cigarro eletrônico é comumente utilizado pelos brasileiros e vendido livremente em lojas e sites, além de plataformas de e-commerce.

Propagado como substituto do cigarro comum, os DEFs porém são muito mais nocivos, já que um único pen drive tem o equivalente a quase dois maços de cigarros.

Criação de Walter Junior e Rafael Sathler, com direção criativa de Eduardo Almeida. Aprovação de Vera Luiza da Costa e Silva, Silvana Turci e Luis Guilherme Hasselmann.