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A INDEPENDÊNCIA E OS HERÓIS ESQUECIDOS

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Estreia em 7 de setembro, na TV Cultura, a minissérie “Independências”, com direção do cineasta Luiz Fernando Carvalho, que assina obras como na TV como “Os Maias”, “Capitu’, “Suburbia” e as novelas “Meu Pedacinho de Chão”, “Velho Chico e “O Rei do Gado”, entre outras.

A minissérie, escrita porAlex Moletta, Paulo Garfunkel e Melina Dalboni, com pesquisa histórica de José Antonio Severo, e tem como objetivo recontar o Brasil através de uma releitura que se convencionou chamar de Nova historiografia.

Com 16 episódios exibidos semanalmente até o final do ano, é resultado de um trabalho colaborativo que levou um ano e meio para a pesquisa, criação e realização.

No elenco, personalidades de TV como Antonio Fagundes, Daniel de Oliveira, Walderez de Barros, Maria Fernanda Candido, Jussara Freire, Fafá de Belém, Margareth Menezes, Renato Borghi, Cassio Scapín e Pedro Paulo Rangel.

A ideia central de Luiz Fernando Carvalho é reivindicar a participação de um enorme conjunto de saberes, culturas, subjetividades e personagens que foram postos à margem ou que, violentamente, foram apagados pela história oficial.

Entre estes desmoronamentos históricos, observa-se a importância do protagonismo feminino na Independência do Brasil, como o da própria Leopoldina, artíficie central no processo da Independência. Surgem figuras como Maria Felipa, cuja participação foi referencial na luta pela independência da Bahia, e o Padre José Maurício, maestro negro da Corte Imperial, mas ausente dos registros tradicionais.

Na visão do diretor, a minissérie oferecerá aos telespectadores de todo o país, a consciência de acontecimentos e personagens reais que até então se encontravam submersos, escondidos pelo manto de uma didática tida como versão absoluta pela visão eurocêntrica.

‘Sempre acreditei na função das TVs abertas, especialmente a TV Cultura, que são concessões públicas, veículos fundamentais e de imensa responsabilidade, capazes de abraçar uma missão maior, que é a de não se restringirem simplesmente a seduzir telespectadores, mas, sim, caminhando de mãos dadas com educação, contribuírem na formação dos cidadãos”, diz o Luiz Fernando.

‘Identificamos inúmeros pontos de convergência entre o olhar de Luiz Fernando Carvalho para o audiovisual brasileiro e a nossa concepção e crença de TV Pública. Nestes dois anos de gestão, notamos o crescimento de audiência da TV Cultura, o que comprova que é possível fazer televisão aberta com bom conteúdo e comprometida com as premissas de nosso estatuto que são a educação, a informação, cultura e entretenimento com qualidade”, explica José Roberto Maluf, Presidente da Fundação Padre Anchieta.