INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É O TEMA DA CAMPANHA

Criada pela agência argentina Humo Rojo, campanha da edição 2024 do Festival Ibero-Americano de Criatividade será lançada oficialmente na próxima semana.

Com o tema “Criatividade Inteligente” a comunicação também contou com participação das produtoras Suena Polenta, Flow Studio e Not Normal.

O vídeo (assista teaser abaixo), tem como protagonista o artista musical trap Emanuel Ruggiero, mais conhecido como Abalam 666, e a IA.

“O FIAP é um festival que busca sempre premiar o que há de melhor no setor, e a incursão da IA ​​com seus múltiplos usos não poderia ficar de fora”, diz Guillote Bagnato, diretor executivo de Criação da Humo Rojo.

Ele explicou que quando recebeu o briefing da campanha FIAP 2024, pensou na percepção de que as IAs estão presentes em todas as conversas. “Desde comunicados que os destacam, campanhas que os utilizam, empresas que os proíbem ou questionam, até mesmo nas novas categorias do FIAP. Mas ninguém para de falar sobre eles.”

Lucas Murillo e Alexandr Tananov, codiretor e sócio, e codiretor de Not Normal, respectivamente, começaram explicando o processo técnico e criativo da peça, que será revelado em seus 100 segundos em breve.

“Ter a oportunidade de usar a IA para um produto final, além de uma busca pessoal ou de nossa própria pesquisa, foi ótimo, obrigou-nos a mergulhar totalmente na ferramenta e em suas possibilidades”, observaram.

“Mas à medida que avançamos nos ocorreu fazer uma feature entre o artista e a IA, como uma colaboração de dois artistas para fazer algo novo, desta forma brincamos com o conceito de que através da IA ​​você pode potencializar seus recursos e sua criatividade fazer algo superior.”

Suena Polenta, através de seus proprietários e autores, Federico Amaya e Matías Berdiales, destacou que desde o início começaram a “pensar” com diferentes IAs, pedindo à tecnologia que escrevesse algumas letras que contassem uma história de amor entre um artista e uma IA. “Embora não tenhamos utilizado nada do proposto pelos modelos, pegamos muitas ideias que acabamos articulando, modificando e encaixando nas letras.”

David Arafat, AKA Pezcao, especialista criativo e de IA e gerente de efeitos visuais, disse que o processo de integração de inteligência artificial nas filmagens foi muito divertido, mas também desafiador.

“Tivemos que testar vários tipos de modelos de IA, não só para transformar a imagem (Style Transfer), mas para criar animação de raiz e integrar elementos narrativos e visuais nas cenas que precisávamos”, explicou.

Ressaltando que o melhor efeito de pós-produção é aquele que não é perceptível, Arafat explicou que conseguiram aplicar técnicas que agregaram muito ao projeto sem se sentirem estranhos.

“Convertemos um pequeno cenário em um grande espaço, combinando técnicas de animação e VFX para conseguir uma aparência diferente da obtida no registro e esse material também serviu de base para que a IA nos desse resultados atrativos que também contam uma história e contribuir para a peça, algo que as IAs não conseguem alcançar sozinhas”, concluiu.