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FILME CELEBRA 18 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA

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Maria da Penha

Criada após a biofarmacêutica cearense Maria da Penha ter sido vítima de duas tentativas de feminicídio, a lei que leva seu nome completou 18 anos em vigor na última quarta-feira (7).

Pela sua promulgação foi criado o Agosto Lilás, dedicado ao combate à violência contra a mulher.

Para valorizar as conquistas da sociedade com a maior proteção legal às vítimas e todas as vidas que já foram salvas, a Grey Brasil criou um filme para veiculação na TV Globo.

O filme reforça os “Pára é pára”, “Chega é chega, “Acabou é acabou” e “Não é não”. O conceito foi desenvolvido a partir de notas que estabelecem o tom e a desestabilização através da dissonância, trazendo a tensão e o impacto necessários.

“Também foi essencial construir uma narrativa sonora crescente, sem perder a simplicidade do conceito. Para isso, a dinâmica e a dobra das duas notas em diferentes oitavas foram trabalhadas, aumentando a intensidade ao longo da peça. O resultado é uma trilha que provoca um nó no estômago e causa desconforto do início ao fim”, explica Cayto Trivellato, produtor e sócio da produtora de som Cabaret.

O Brasil é hoje o quinto país com maior número de assassinatos de mulheres, de acordo com dados do Instituto Maria da Penha.

Regina Celia Barbosa, Vice-presidente Instituto Maria da Penha, afirma que a ideia da campanha tem como objetivo primordial valorizar as conquistas da sociedade com a lei nessas quase duas décadas e também uma resposta a movimentos ultraconservadores que tentar minimizar a importância da lei nesse período.

“A luta precisa ser de toda a sociedade. Precisamos chamar a população para esse combate à violência doméstica que acaba atingindo todos. Estamos falando de mulheres de todas as faixas sócio-econômicas. Precisamos enaltecer a lei, e a figura da Maria da Penha”, diz.

Maria da Penha, que inspirou a lei após ficar paraplégica por conta da violência sofrida pelo marido, mora hoje no Ceará. Ela é a fundadora do Instituto que leva seu nome e conta hoje apenas com a ajuda de voluntários, em especial depois que a verba de combate à violência doméstica foi cortada pelo último governo.

“Não se trata apenas de violência física, mas também emocional, agressão psicológica que muitas vezes é pior do que a agressão física. E temos hoje parte da sociedade que abraça um discurso machista, conservador, o qual vemos mulheres sendo atacadas na política, com agressores de mulheres se fazendo de vítimas e concorrendo a cargos públicos”, afirma a executiva do Instituto Maria da Penha.

Criação de Mariana Horta, com direção criativa de Fernanda Peka, direção executiva de André Gola e direção geral de Manir Fadel.

Produção da Paranoid, com direção de Heitor Dhalia e produção executiva de Marcel Weckx. Som da Cabaret, com produção musical de Guilherme Azem e Locução de Chandra Lima.