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NÃO ERA A PRIMEIRA. MAS FOI A ÚLTIMA

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Uma camiseta com frase sexista levou ao descredenciamento da marca Eiblu como parceira de Market Place da Dafiti no Brasil. A peça anunciada na semana passada classificou a frase “Mulher Burra” como pleonasmo.

Mas esse fabricante tem antecedentes, prometendo “amor” como resultado da equação “Homem + Mulher X Bebida Alcoólica”, ou pedindo para ser gentil com os gordinhos, que podem salvar sua vida numa suposta perseguição de um urso selvagem, e ainda o desenho de uma vaca transformando-se em mulher sob a frase “Evolução das Inimigas”.

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Site com mais de 9 milhões de visitas mensais e faturamento de R$ 592 milhões em 2015, a Dafiti, da multinacional GFG controlada pelo fundo alemão Rocket Internet, foi criada em 2011.

Aqui no país, briga pela liderança do varejo online de roupas e artigos esportivos com a NetShoes, criada no ano 2000, faturamento superior a R$ 1 bilhão e atual sócia do fundo Tiger Global.

 

Diante da repercussão negativa da preconceituosa camiseta que classifica como pleonasmo “Mulher Burra” ao lado de “Subir para Cima”, “Descer para Baixo” e “Político Ladrão”, a Dafiti suspendeu a venda do produto por R$ 49,90, informando que nenhuma unidade havia sido comercializada.

Mesmo lamentando o ocorrido e explicando que não compartilha a mensagem expressa, a Dafiti reconhece que seu controle de qualidade nesse caso não funcionou. “Estamos apurando a razão pela qual esse procedimento não foi cumprido nesse caso”, diz comunicado oficial de desculpas da empresa.

Nenhuma referência, porém, às outras peças citadas e disponibilizadas anteriormente em seu site.

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E AGORA, LATINOS?

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Trump X imigrantes latinos

Luis Miguel Messianu é um publicitário mexicano de sucesso na propaganda dos Estados Unidos, trabalhando com foco em um contingente de consumidores de origem hispânica que cresce a cada ano. Ele não é criminoso, traficante ou estuprador, como definiu o recém-eleito presidente Donald Trump ao se referir aos imigrantes do país vizinho no início de sua campanha política. Depois de atuar como diretor de Criação em agências como McCann Erickson e Scali, McCabe Sloves, Messianu fundou sua própria agência em 1994, na Florida. Hoje, a ex-Del Rivero Messianu é a Alma DDB, com escritórios em Miami, San Francisco e na capital do estado Tallahassee, atendendo marcas como McDonald’s, ExxonMobil e Clorox, entre outras empresas multinacionais.

Messianu: como ignorar?

Na semana passada, foi eleita Agência do Ano do Mercado Hispânico dos Estados Unidos no El Ojo de Iberoamerica 2016. “É muito difícil de prever o que vai acontecer. Com Trump, tudo é possível. Mas se um lado é obscuro e incerto, o outro pode representar a possibilidade de reativar a economia. Se isso acontecer, as grandes marcas serão obrigadas a investir. Afinal, 55 milhões de consumidores hispânicos não podem ser ignorados”, disse ele ao Blog. É praticamente a mesma posição, de Luiz Fernando Musa, um dos fundadores da mais latina das agências brasileiras nos Estados Unidos. A David hoje opera com escritórios em Buenos Aires, São Paulo e Miami. “Acho que qualquer opinião é prematura, até porque o grande tema da eleição de Trump é a a imprevisibilidade em todos os sentidos. Do ponto vista pessoal, realmente é uma decepção pensar numa figura como o Trump liderando um país que é determinante em praticamente todo e qualquer assunto do planeta. Nunca fez tanto sentido a expressão God Bless America”, afirma Musa.

Musa e Anselmo: Deus abençoe

Seu sócio  e principal dirigente da David Miami, Anselmo Ramos, explica que a agência não faz campanhas para democratas ou republicanos. “Fazemos campanhas para o povo americano, de todas as classes e raças. Acho que agora, mais do nunca, precisamos de ideias que ajudem a unificar o país, através do riso, do choro, de alguma emoção que não tenha partido”, disse. Mas não deixou de fazer o seu desabafo: “Depois de muito tempo pagando imposto, este ano votei pela primeira vez nos Estados Unidos. Fiz minha parte. Hoje de manhã, quando contei para as minhas filhas que o Donald Trump ganhou. Elas choraram. Assim como milhares de outras meninas nos Estados Unidos. Apesar do Trump não representar os valores pelos quais escolhi ter a cidadania americana, espero que ele respeite as leis, as instituições e a Constituição Americana. Acho que os Estados Unidos são maiores do que o Obama ou o Trump. E como Obama acabou de dizer, independente do resultado, o sol continua nascendo todos os dias. Hoje o sol nasceu de novo, e já estamos aqui trabalhando para os Estados Unidos, o Brasil, e o mundo”, finalizou.

Reyes: vai se acalmar

O criativo argentino Rodrigo Figueroa Reyes, fundador e CEO da FiRe Advertainment, atuou em grandes multinacionais como Publicisk, BBDO, FCB e DDB.  Sua empresa atual mantém operações também no Chile, Colômbia, Peru, Equador, Espanha e Estados Unidos, além da sede em Buenos Aires. Para ele, Donald Trump é um showman que utilizou uma eficiente estratégia como candidato, mas que vai se acalmar quando chegar a hora de governar. “Não acredito que faça loucuras e sua relação com a América Latina será produtiva na medida do comportamento de cada país. O negócio publicitário está diminuindo. As agências de general marketing são seu maior inimigo. Para atender o mercado hispânico, as agências contrataram muitos profissionais latinos. Isso não será mais necessário. Nunca nos Estados Unidos se fez esforço parecido para as comunidades italianas ou irlandesas, muito mais representativas naquele país. Penso que Trump vai lutar para que os Estados Unidos seja um só país, e não  tenha outros países dentro de seu território, como acontece com os quase  60 milhões de hispanos”, concluiu.

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CLIENTE PEDE, AGÊNCIA VEICULA

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A Lava Jato, que embora tenha denunciado esquemas que efetivamente foram criados para favorecer repasse de propina, também já envolveu profissionais e agências que apenas acreditavam estar atendendo pedidos de seus clientes. Antes dessa operação da polícia federal, a preocupação com o destino das verbas de mídia chegava apenas ao limite das recomendações. Algumas agências, que praticavam o incorreto BV de produção, acabaram arrolando igualmente produtoras na prática que se revelou ilegal ao representar a comissão indevida. Assim aconteceu com profissionais como José Henrique Borghi e agências como a FCB, que se defendem declarando a básica atividade publicitária de atender seus clientes. Mais recentemente, o processo investigativo da Lava Jato bateu numa das mais corretas agências do mercado.  “A Almap BBDO sempre foi reconhecida pela integridade e a transparência que tem. Além da criatividade, a gente vende também confiança, que é inegociável. Por isso fomos rápidos e contundentes. No nosso caráter ninguém mexe. As pessoas podem olhar para o que a gente cria e gostarem ou não, mas nunca duvidarem do caráter da agência”, disse Luiz Sanches, sócio e diretor geral de Criação. Por conta de investimento de mídia em sites ligados ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, realizado a pedido da Gol Linhas Aéreas, a agência acabou envolvida. Segundo denúncia da polícia federal, R$ 1,4 milhão da verba de publicidade da Gol foram investidos no portal Jesus.Com e na empresa GDAV, de propriedade de familiares do parlamentar cassado. A Almap explica que em 2012 realizou campanha promocional para seu cliente de 14 anos, com plano de veiculação de banners em mais de 50 websites. Entre eles, aqueles relacionados ao ex-deputado, o que gerou enorme surpresa na agência. Para a Almap, foi uma simples operação de compra de espaço, e não qualquer repasse de dinheiro da companhia aérea para Eduardo Cunha, em troca de favores de isenção de impostos. Para comprovar, a agência publicou anúncio com os devidos comprovantes de veiculação e o título “Pense duas vezes antes de falar da Almap” e a justificativa “Se a gente aceitasse o caminho mais fácil não teríamos perdido tantos anos para construir nossa reputação pelo caminho mais difícil”.

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MC DONALD’S ENFIM VAI AO CONAR

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Três meses depois do lançamento do comercial “Leilão”, da rede Habibs, que faz referência direta aos concorrentes do segmento de fast food, o Mc Donald’s decidiu questionar no Conar  o filme que mostra, além de um rei personificando o Burger King, o seu ícone palhaço Ronald. No início de setembro, durante o Fórum de Marketing Empresarial, promovido pelo LIDE no Guarujá, Alberto Saraiva declarou, em sua palestra aos participantes do evento, que tinha certeza dessa ação. A reclamação, porém, só chegou após um segundo filme na mesma linha, “Novos Beirutes”, lançado em setembro, que repetiu a estratégia. Comunicado divulgado em conjunto entre a diretoria de Marketing do Habibs, comandada por André Marques, e a Publicis, agência do anunciante, informa que a empresa “seguirá todas as etapas do processo de avaliação e respeitará a decisão do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária”. Os dois comerciais utilizam uma linguagem bem humorada e brincam com os ícones dos concorrentes, um tipo de publicidade valorizada em mercados importantes como o norte-americano, por exemplo, mas restrita no Brasil. O primeiro filme registra um total de 1,450 milhão de views, e o segundo já está na casa dos 686 mil views no Youtube. Contando as redes sociais esses números somados representam mais de 7 milhões de views. Segundo o Mc Donald’s, as peças infringem vários artigos do Conar, relativos à propaganda comparativa irregular, violação de direito autoral e imagem denegrida.

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DEMISSÃO NÃO FOI POR JUSTA CAUSA

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Cris: nada errado

Decisão da 33ª Vara Trabalhista de São Paulo, anunciada em audiência nesta quinta-feira (29), com reconhecimento da Vivo, quebra cláusula de sigilo em relação à demissão de Cris Duclos da Telefonica. Com isso, a divulgação sobre a saída da executiva, que exercia o cargo de diretora de Imagem e Comunicação da empresa de telefonia móvel, está liberada. Sua saída incluiu indenização, o que configura que não houve justa causa, conforme notícias divulgadas na época. “Como alguém é demitido por irregularidades e não é demitido por justo motivo? Isso prova que nada fiz de errado” diz ela, que desde junho, época da ocorrência, vinha enfrentando insinuações sobre sua conduta na empresa. Agora, falta a Telefonica se posicionar quanto a uma suposta auditoria interna, que teria observado irregularidades na condução de contratação de campanhas de publicidade. Cris considera a decisão judicial uma vitória, já que a dúvida vinha prejudicando a continuidade de sua carreira profissional.

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MILK SHAKE, MILK FAKE OU McSHAKE?

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Ao entrar para o cardápio do McDonald’s como mais um clássico, Ovomaltine torna-se personagem principal da maior guerra do ano entre as redes de fast food. Agência da marca, a DPZ&T estreou no último final de semana a campanha de lançamento do McShake, que o Bob’s, primeira rede a utilizar Ovomaltine em sua receita, chamou de Milk Fake. “Em março, relançamos nossa plataforma de milk-shake e o resultado tem sido um verdadeiro sucesso. Com isso, decidimos ampliar a categoria e trazer um produto muito solicitado pelo nosso público”, justifica Roberto Gnypek, vice-presidente de Marketing do McDonald´s. A ação foi possível em razão do Bob’s abrir mão da renovação de licença da marca Ovomaltine, embora prometa continuar servindo o seu crocante milk shake. De carona, o Burger King anunciou que o shake crocante com “aquele ingrediente que não deve ser nomeado”, também consta de seu cardápio. A rede Giraffas, sempre atenta a essas disputas entre os gigantes do segmento, avisou: “De boa, assistindo a treta com meus vários Milk-Shakes”. E até quem não tem nenhum pé no mercado de comida resolveu meter sua colher. Em redes sociais, a Philips lembrou que seus liquidificadores também são capazes de produzir a bebida em casa mesmo. No McDonald’s, os acompanhantes da novidade protagonizam através de linguagem de posts utilizados no Whats App o comercial que comemora a chegada do McShake, ao som de “O Meu Sangue Ferve por Você”, sucesso de Sidney Magal. Criação de Daniel Motta, Luciano Honda, Vinicius Miike, Daniel Mattos e Robson Oliveira, com direção criativa de Rafael Urenha e Motta. Produção da Corazon Filmes, com direção do italiano Vittorio Sacco, e áudio da Lucha Libre.

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EXECUTIVA ENTRA COM AÇÃO CONTRA A VIVO

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Chester e Cris: resgatar reputação

Envolvida em notícias sobre desvio de dinheiro e superfaturamento de produção de comerciais, Cris Duclos,  ex-diretora de Imagem e Comunicação da Vivo, entrou com ação judicial contra a Telefônica  pedindo sua volta ao cargo e a instalação de uma sindicância. Segundo ela, a  falsa acusação de formação de conluio com agências de propaganda interferiu em seu futuro profissional, além de a polêmica também afetar a carreira de seu marido, o criativo Ricardo Chester, diretor de Criação da Almap BBDO. O caso começou com a demissão de Cris, o que provocou notícias sobre suposta participação dela em atos ilícitos e prejudiciais à empresa. Para Cris Duclos, o fato da Vivo não negar as falsas acusações de forma enfática e categórica contribuiu para o alastramento do boato e prejuízo de sua reputação profissional. “Vou reaver o cargo para que a empresa explique com todas as linhas se a propalada auditoria existiu ou não.  Tornarei transparente  também os contratos com as agências de propaganda. Tenho certeza que as agências não tem nada a esconder . Só assim, terei de volta minha reputação e a  do meu marido, vítima também dessa situação”, explica em comunicado elaborado pela Giusti Comunicação. Segundo o advogado Antonio Carlos Aguiar, sócio da área trabalhista do escritório Peixoto e Cury Advogados, “direitos e garantias constitucionais foram desrespeitadas, na medida em que a Constituição Federal no inciso XIV, do art. 5º garante o direito à informação como direito fundamental de cidadania e o inciso LVII, o direito à presunção de inocência, sendo que neste mesmo dispositivo, no inciso LV encontra-se garantido o direito ao contraditório e ampla defesa”. Outra atitude tomada por Cris Duclos e seu marido foi contratar a auditoria financeira Grant Thornton, quinta maior empresa do setor,  para analisar os ganhos do casal nos últimos cinco anos “Abrimos todo nosso sigilo bancário e fiscal. Abrimos nossa vida. Tudo o que conquistamos foi através de nosso trabalho. Falamos isso desde o primeiro momento.  Vários amigos nos disseram: abram tudo. Mostrem. Para isso então, contratamos uma das melhores auditorias do mercado para fazer um levantamento minucioso de todo nosso patrimônio. Não temos nada a esconder “, declara Ricardo Chester.

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PROPAGANDA COMPARATIVA OU PROVOCAÇÃO?

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GOL DIZ QUE CAMPANHA É OBJETIVA. LATAM DEVE RECLAMAR AO CONAR

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Anúncio da Almap BBDO para GOL Linhas Aéreas publicado no último final de semana, traz de volta a discussão sobre propaganda comparativa no Brasil. Inegavelmente inteligente, a peça, porém, faz referência a concorrente direto da empresa através das cores que compõem seu logotipo. Baseado em critérios da ANAC, o anúncio afirma que a GOL possui a maior oferta de assentos na categoria A do mercado. E sob a hashtag #GOLMAISCONFORTO, garante que oferece o melhor espaço entre assentos das companhias aéreas brasileiras. A ilustração, entretanto, utilizando números e letras entrelaçados e uma divisão clara de cores, contrapõe a combinação laranja, branco e cinza da GOL, com o vermelho e azul da LATAM. Segundo o código 32 do CONAR, a publicidade comparativa será aceita respeitando-se princípios e limites. Entre outras afirmações, diz que o objetivo maior da peça deve ser o esclarecimento ou a defesa do consumidor. Também adverte que a propaganda não deve ter fundo psicológico e suas afirmações devem ser passíveis de comprovação. Que não deve denegrir a imagem de outra empresa nem estabelecer confusão entre marcas concorrentes. Até o momento, o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária não recebeu qualquer reclamação da LATAM ou de sua agência de propaganda, a Graphene, do grupo Interpublic. Conforme comunicado da Almap BBDO, “a GOL tem o melhor espaço entre poltronas das companhias aéreas brasileiras. O objetivo da campanha é mostrar isso para o consumidor, de forma bem objetiva e direta”. Já a Graphene, enviou ao Blog o seguinte documento: “A Graphene estuda junto à LATAM Airlines Brasil as medidas cabíveis com relação a campanha do produto GOL + Conforto. As empresas consideram a comunicação contrária às normas do Código Brasileiro de Auto Regulamentação Publicitária por não utilizar critérios objetivos de comparação. Reiteramos o nosso compromisso em manter uma comunicação transparente, em respeito aos consumidores”.

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QUAL IMAGEM CHOCA MAIS?

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A má formação congênita do maior medalhista paraolímpico brasileiro Daniel Dias, que conquistou 11 medalhas de Ouro, 4 de Prata e 1 de Bronze entre Pequim 2008 e Londres 2012, não choca tanto o público quanto o photoshop que “amputou” Cleo Pires e Paulo Vilhena. Os comentários em redes sociais comprovam isso. A participação do nadador em comercial da Ogilvy e dos atores no anúncio da revista “Vogue”, porém, tem o mesmo objetivo, ou seja, estimular a compra de ingressos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, cuja venda está abaixo da esperada. Se tinha intenção de atrair visibilidade para o evento, o anúncio assinado pela Africa, o anúncio “Somos Todos Paralímpicos”, conseguiu. Na peça, segundo informações veiculadas criada a partir de ideia da própria Cleo Pires, embaixadora da Paralimpíada, ela representa Bruna Alexandre, do Tênis de Mesa, enquanto Vilhena faz o papel de Renato Leite, jogador de vôlei sentado. Difícil discutir o tema levantado no Twitter, de que a escolha dos atores alimenta o desrespeito e preconceito contra portadores de necessidades especiais. A participação dos atletas representados no anúncio junto com os atores poderia ter melhorado a percepção da mensagem? Talvez. A Edições Globo Condé Nast, que edita a “Vogue”, afirma que apoia qualquer campanha que estimule o comparecimento e o apoio às Paraolimpíadas. Cada uma com seu caminho. A campanha do Comitê Organizador dos Jogos preferiu mostrar atletas paraolímpicos reais, mostrando a verdadeira superação de pessoas com deficiência.

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TRABALHANDO COM O INIMIGO

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Questionário sobre agências revela desabafos nas redes sociais

Em “Sleeping with the Enemy”, de 1991, Julia Roberts é Laura Burney, que finge viver um casamento feliz de quatro anos enquanto sofre maus tratos do marido.  Sensação semelhante descreveu boa parte dos mais de 800 internautas que responderam a um “formulário colaborativo”, como chamou seu autor, para dizer como é trabalhar em agências de publicidade. Anônimos, elogiaram, enalteceram, mas também criticaram, reclamaram e acusaram empresas, superiores e patrões. Sem qualquer base científica, a enquete ganhou dimensões devastadoras nas redes sociais. a ponto de ser excluída do arquivo de documentos do Google apenas algumas horas após ser divulgada. Mas como a Internet tem vários caminhos, respostas ao questionário podem ser lidas em outra plataforma (aqui). A repercussão foi tão intensa que o levantamento virou um grupo oficial, porém mais comedido, no Facebook, com regras e um aviso de que “Os comentários serão moderados e palavrões não serão aceitos”. A ideia original da “pesquisa” foi do publicitário Caio Soares, speaker na versão brasileira da Hyper Island, escola sueca de inovação digital voltada para a criatividade em negócios. Em sua justificativa para elaborar o tal “Formulário Colaborativo”, Caio, que se diz um “apaixonado por uma boa conversa” em seu site, afirma que apenas tentou ajudar um amigo estudante de propaganda a escolher uma agência para fazer estágio. Mas, entre tantas brincadeiras comuns a um público formado por jovens publicitários, elogios a algumas pessoas e agências, xingamentos, reclamações e definições vingativas, é preciso também prestar atenção a alguns pontos importantes e passiveis de reflexão por parte dos dirigentes da indústria da comunicação.  Jornada de trabalho excessiva, por exemplo, não ajuda o profissional a se manter atualizado e o obriga a buscar referências para a sua atividade apenas dentro do próprio meio, o que muitas vezes leva à produção de plágios, até inconscientes. Denúncias de assédio sexual, num país onde as mulheres, até as esclarecidas sofrem preconceito nos órgãos oficiais criados para sua defesa, devem ser levadas muito a sério pelas empresas. Pelo menos para alguma coisa essa confusão precisa servir.

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