Polêmica

ANA MARIA E JOSEFINA NUNCA RECLAMARAM

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Caso “Luis Augusto” da Sadia chega a 160 ações no Conar

Até setembro chegar, quando deverá ser julgado processo aberto no Conar contra a propaganda da Sadia que nomeou presuntos concorrentes como “Luis Augusto”, o número de reclamações deve aumentar. “Estamos no prazo de defesa da agência e anunciante”, responde o órgão, que jamais recebeu queixas de alguma Ana Maria ou Josefina, sobre o bolo da Pullmann ou a linguiça da mesma Sadia.  Mas há alguns registros referentes à utilização de nomes próprios em publicidade. Nenhum relativo a Bráulio, que em campanha do Ministério da Saúde nos anos 90 passou a denominar o órgão sexual masculino. Em tempos do “politicamente correto”, porém, os muitos “Luis Augusto”, ou seus pais, se acharam no direito de denunciar estímulo ao bullying. Para eles, o comercial da F/Nazca que inaugurou a série é ofensivo, desrespeitoso e estimula chacotas ao associar o nome “Luis Augusto” a um produto de baixa qualidade e objeto de rejeição. Além das queixas ao Conselho Nacional de AutoRegulamentação Publicitária, a campanha também gerou protestos nas redes sociais e ameaças de processo judicial. Para o anunciante, “o nome é só uma escolha criativa para acompanhar o bom humor da Sadia em suas campanhas”. Diz ainda a empresa que o tom irreverente e característico das campanhas publicitárias da marca já produziu, por exemplo, o bordão “Nem a pau, Juvenal”. Em seguida ao surgimento da polêmica, um novo filme mostrou o rosto no presunto “Luis Augusto”, dizendo que a brincadeira não é pessoal. Nos registros do Conar, há casos relativos a nomes como “Agenor”, segundo reclamantes denegrido em campanha da Oi, em 2010, “Gutierrez”, que em propaganda da Insinuante representava uma rede com mau atendimento, em 2012, e em 2013 ações de “Otávios” reclamavam de publicidade do medicamento Dorflex.

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CRIS DUCLOS E CHESTER SE MANIFESTAM

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Chester e Cris em foto de Fernando Godoy do iG

O casal de publicitários Cristina Duclos e Ricardo “Chester”Amaral emitiu comunicado utilizando suas páginas em rede social para se defender de acusações contidas em matérias sobre recente polêmica envolvendo a Vivo. Ex-diretora de Imagem, Comunicação e Marketing da operadora, Cris Duclos deixou a empresa no início de junho após 8 anos na companhia. Seu marido, o premiado criativo Ricardo Chester acabou citado em notícias que abordavam suposto superfaturamento de comerciais da Vivo. Segundo as notícias, produtoras que realizam filmes da operadora repassavam resultado desse superfaturamento. O caso acabou envolvendo também agências que atendem a conta da Vivo. Atualmente, trabalham para a marca a Africa, DPZ&T e Y&R após concorrência realizada no final do ano passado. Até então, além das 3 a DM9 DDB também compunha esse pool. As agências atuais da Vivo também se posicionaram em comunicado conjunto, afirmando que atuam seguindo as mais rígidas normas de conduta e compliance. “Nosso trabalho é amplamente reconhecido pelos prêmios que recebemos ao longo dos anos e, principalmente, pela confiança de nossos muitos clientes, parceiros e colaboradores”, afirmam.  Cris e Chester publicaram o seguinte comunicado:

AOS NOSSOS AMIGOS.

“Eu e minha esposa somos vítimas de um ataque de reputação arquitetado a partir de histórias fantasiosas e falsas acusações. Tentaram nos levar aquilo que de mais valioso um ser humano carrega. Tentaram levar a nossa honra.A verdade é que não há nada de errado com o nosso patrimônio. Tudo foi conquistado de forma honesta. Honesta como somos e como deve ser. Nunca adquirimos nada com recursos não provenientes de remuneração justa e declarada do nosso trabalho. Temos duas carreiras longas e bem sucedidas. Trinta anos no meu caso, vinte e seis anos no caso de minha esposa. É penoso sermos vitimados por pura boataria. Mais difícil ainda é termos que nos explicar por algo que nunca fizemos. Apesar deste atentado à nossa integridade, ela segue conosco. Intacta.Aos que manifestaram apoio, um sincero agradecimento. O caso está entregue a advogados que já colocaram em prática todas as providências necessárias e cabíveis.É o que podemos dizer até o momento”.

Ricardo Chester e Cris Duclos

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TELEFONICA VIVO RESPONDE À CVM

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Empresa refuta auditoria em Marketing, nos termos em que foi noticiada

Melcon: diretor de Relações com Investidores

Em resposta à solicitação de esclarecimento sobre notícia publicada no site do jornal “Valor”, a respeito de auditoria em sua área de Marketing, a Telefonica Brasil afirma que não há procedimento em curso com as características referidas no parágrafo anterior. Disse ainda, atendendo questionamento da Comissão de Valores Mobiliários, que sobre o desligamento da executiva que ocupava o cargo de diretora de Imagem e Comunicação, a Companhia reitera sua prática de não comentar questões dessa natureza. Resumindo, esse é o conteúdo de comunicado assinado pelo espanhol David Melcon Sanchez-Friera, diretor de Relações com Investidores da Telefônica Brasil desde fevereiro deste ano. O comunicado começa afirmando que a Telefônica Brasil informa que adota princípios de atuação ética e que fomenta e incentiva a observância de normas e regras internas relacionadas à compliance, ou seja, ao conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa. Sendo assim, continua o comunicado, adota procedimentos de controles internos aplicáveis às suas operações e atividades, os quais estão em constante atualização e aprimoramento, com vistas a manter os mais altos padrões de excelência. A empresa contesta a notícia que apresenta afirmações acerca de suposta preocupação específica da companhia quanto à área de marketing, trazendo referência a uma possível auditoria geral em relação a essa área, com a adoção de códigos e manuais de boa conduta específicos, assim como a revisão de todos os contratos e acordos dos prestadores de serviços da referida área, com vistas a possíveis descredenciamentos.

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APRO SE OFERECE PARA AJUDAR A VIVO

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Representante de parte das empresas envolvidas em notícias sobre superfaturamento de comerciais, a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais se coloca à disposição da Telefonica Vivo. Conforme informações de mercado, a operadora estaria realizando auditoria em sua área de Marketing visando estabelecer um novo código de ética na contratação de fornecedores de serviços de comunicação. O Código de Conduta elaborado pela APRO, divulgado no último mês de março, recebeu imediatamente 81 adesões de produtoras que se comprometeram a ão realizarem mais pagamento de BV de produção às agências ou anunciantes diretos. O documento da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais prevê a exclusão das infratoras do seu quadro de associados. Sob o comando de Paulo Schmidt, a entidade vem realizando desde agosto do ano passado uma série de ações visando adequar a APRO à nova realidade do mercado da produção publicitária. A respeito da polêmica da Vivo, a APRO enviou ao Blog o seguinte comunicado: “Não temos conhecimento a respeito das apurações da Telefonica Vivo. Igualmente, não temos informações suficientes sobre a investigação em curso e as formas praticadas na contratação de serviços de marketing.  A APRO lançou recentemente seu Código de Conduta, que tem como propósito aperfeiçoar as melhores práticas que pressupõe condutas e operações comerciais legítimas e transparentes. A APRO se coloca à disposição para colaborar no desenvolvimento do manual de boas condutas que, segundo notícias, está em criação pela Telefonica Vivo.  Qualquer prática comercial que não siga as boas práticas de mercado merece ser apurada”.

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COM A PALAVRA, A VIVO

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Amos: mercado espera pronunciamento

Se o jornalista Fernando Rodrigues da “Folha\UOL” publicou e apagou seu post no Twitter, só ele pode explicar a razão. O que ficou é o que está  no Blog de Políbio Braga e repercutido pelo “O Antagonista”. São denúncias graves envolvendo profissionais de sucesso e grandes agências e produtoras de comerciais. Eleita como Empresa do Ano na edição 2016 do “Maiores & Melhores” da revista Exame, a Vivo volta às manchetes do noticiário menos de um mês após a premiação. CEO da Vivo há um ano, o israelense Amos Genish, que chegou ao Brasil no início dos anos 2000 para criar a Global Village Telecom-GVT, vendida em 2009 para o grupo francês Vivendi e em 2015 para a espanhola Telefónica, está no centro das atenções do mercado publicitário. Espera-se dele um pronunciamento, um comunicado oficial ou um posicionamento sobre o tema, que aponta superfaturamento de filmes publicitários. O jornalista catarinense radicado em Porto Alegre, Políbio, ex-“Veja” e “Exame”, divulga um total de R$ 27 milhões. Matéria do jornal “Valor Econômico,” citada pela revista “IstoÉ Dinheiro”, trata o assunto como auditoria de contratos no departamento de Marketing da Telefónica no Brasil. Fala em novo código de ética na contratação de fornecedores e descredenciamento de prestadores de serviços. Tudo em nome da 8ª maior verba de publicidade do país, girando em torno de R$ 1,3 bilhão e administrada desde novembro, após concorrência, pelas agências Y&R, Africa e DPZ&T. Ao “Valor”, a empresa, que criou recentemente a vice-presidência executiva de Receitas, comandando o Marketing, Vendas, Inovação e Estratégia Digital, apenas afirma que não comenta sobre a auditoria e a dispensa de funcionários. Com o retorno do VP Christian Gebara à companhia, Cris Duclos, que comandava a área de publicidade, foi desligada no início de junho. Como empresa privada, a Vivo terá a opção de realizar processo interno e não tornar público seu resultado. Como um dos 10 maiores anunciantes do Brasil, entretanto, e parte importante de um sistema que inclui profissionais, produtoras e agências, deve uma resposta às matérias publicadas, nem que seja para dizer que não vai responder.

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DIGITAL: PRODUTORAS QUEREM SUA PARTE

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Em resposta à matéria “Globo oficializa entrega digital”, publicada por este Blog na última quinta-feira (2), a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais emitiu nesta segunda-feira (6) um comunicado oficial. Conforme o documento, “a medida certamente acompanha a evolução tecnológica inerente à atividade, e não haveria outro caminho a ser trilhado. No entanto, em que pese todo entusiasmo inovador, o início da adoção de tais procedimentos merece uma análise mais criteriosa, de forma a aperfeiçoar o sistema arquitetado e satisfazer todos os elos da cadeia produtiva no mercado audiovisual”. Segundo a APRO, porém, o sistema “atende apenas às demandas da emissora, das empresas de streaming e, claro, dos anunciantes, sem elevar a discussão, contudo, sob a ótica dos interesses dos produtores”. Para a entidade, embora a redução do preço da geração de R$ 900 para R$ 375, e ainda com repasse às empresas de streaming homologadas, seja significativa, não significa prejuízo, já que é preciso levar em conta a extinção do processo analógico, que envolve o aluguel e manutenção de uma rede de satélites. A APRO afirma que nessa nova arquitetura, é esquecido “apenas” o elo mais importante, ou seja, o dos produtores, que são os responsáveis pela masterização do filme publicitário produzido e legítimos detentores dos direitos patrimoniais das obras publicitárias, conforme artigo 17, §2º da lei Direitos Autorais, de número 9.610 de 1998. “. No valor de uma cópia, ou de uma máster, além do preço do suporte físico, estavam contidos os valores referentes ao licenciamento dos direitos autorais de reprodução e distribuição daquele material”, explica o documento. “É necessário, portanto, que haja uma reavaliação e um reajuste do modelo proposto pela emissora Rede Globo, que deverá contar com a participação das produtoras na decisão e escolha do melhor sistema de digitação e tráfego e, se for o caso, homologação das empresas de streaming. O mesmo valerá aos futuros sistemas propostos e adotados pelas outras emissoras, em especial, Record, SBT, Band e Rede TV!”, finaliza o comunicado, elaborado pelos doutores João Paulo Morello e Mateus Barreto Basso, do Jurídico da APRO.

 

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ABA DEFENDE PUBLICIDADE INFANTIL

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Sandra: proibir é inconstitucional

Proibir totalmente a publicidade infantil é inconstitucional. A Associação Brasileira de Anunciantes respeita com rigor regras, normas e leis. Está aberta a debater o assunto com a sociedade porém defendendo sempre a liberdade de expressão. Esse posicionamento da ABA foi colocado nesta terça-feira (12), no Ministério da Justiça, em Brasília, no lançamento do Portal de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional do Consumidor, e apresentação da pesquisa “Publicidade Infantil em Tempos de Convergência. A entidade foi representada por sua vice-presidente executiva, Sandra Martinelli. “Nós entendemos que não há soluções definitivas e que o abuso deve ser combatido”, disse. Conselheira do Instituto Alana, a professora Inês Vitorino foi a responsável pela apresentação da pesquisa. O assunto faz parte do Projeto e Consumo, do Instituto Alana, que recebe denúncias de publicidade abusiva dirigida às crianças. O evento também contou com a participação de representantes do Ministério da Justiça, Universidade de Brasília, Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Ministério Público Federal. A ABA busca uniformizar a comunicação, direcionar esforços e ações para minimizar os impactos da legislação sobre Publicidade Infantil, no âmbito da defesa da Liberdade de Expressão. Também orienta seus associados com relação ao Código de Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e sobre o que deve ou não ser feito em publicidades direcionadas a crianças. “A publicidade infantil deve respeitar o princípio da liberdade com responsabilidade, observando os direitos da criança e de sua menor capacidade de discernimento. A proibição da atividade, porém, não é constitucional nem proporcional, com sérios impactos nocivos. Tal prática seria cerceamento ao livre arbítrio, à livre iniciativa e, em última instância, a imposição de censura à criação e à manifestação do pensamento”, finalizou a VP da ABA.

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CLOSE UP NÃO DESISTE DO BEIJO

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2016: Evolução visual da campanha

Apesar da polêmica do ano passado, quando foto de dois homens se beijando postada nas redes sociais se tornou alvo de críticas homofóbicas, a marca de creme dental Closeup, da Unilever, decidiu voltar ao tema em nova comemoração do Dia do Beijo. Em um ano mudou o slogan. De ““Closeup, um beijo muda tudo” para “Closeup, liberte seu beijo”, o objetivo é o mesmo e dirigido ao target da marca, formada por jovens consumidores. Assim, na data do Beijo, 13 de abril, seis novas e bem produzidas fotos vão ilustrar o Instagram, Relógios de Rua e Painéis em Pontos de Ônibus da cidade de São Paulo.

2015. Polêmico beijo de homens

A campanha se estende até junho, alcançando o Dia dos Namorados, conforme já havia ocorrido em 2015. A ação foi criada pela F.biz com o slogan “Não Julgue.Beije”, em mensagem pintada nos rostos dos modelos, em estilo close up.  “Closeup acredita que a intensidade de um beijo pode mudar tudo e tornar os momentos mais vivos. Por isso, a intenção foi criar uma campanha de grande impacto visual, retratando as relações diversas que existem hoje, e isso é o que realmente importa”, justifica Eduardo Campanella, diretor de Marketing da Unilever. As imagens que retratam casais reforçando a diversidade, são do fotógrafo Mário Daloia. Criação de Tarso Soares, Letícia Rodrigues, Marcello Costa e Laura Azevedo, com direção criativa de Fabio Astolpho e Rodrigo Senra, e supervisão do CCO da agência, Guilherme Jahara.

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O MUNDO TÁ CHATO, MESMO!

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Limõezinhos da Pepsi voltam ao Conar por reclamações de 50 consumidores.

Com o argumento que a nova campanha da Pepsi Twist “O mundo tá chato” desmerece movimentos e ações em defesa de minorias, 50 consumidores conseguiram com que o Conar abrisse mais um processo contra a propaganda da companhia. Há três anos, os limõezinhos da Pepsi, personagens dos comerciais criados pela Almap BBDO, sentaram no banco dos réus do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária por brincar com um limão vermelho que segundo a Ambev, representava o refrigerante concorrente. Desta vez, em filme que relança o produto, os limõezinhos brincam com xingamentos que segundos os reclamantes afrontam os animais, os feios, os azedos e ainda cometem “incitação ao crime” quando repetem o ditado popular “se a vida te der um limão faça uma limonada”. Nunca os nobres reclamantes ajustaram tanto suas alegações ao conceito da própria campanha. Numa auto-defesa, os próprios limõezinhos concluem no comercial que atualmente o mundo está muito sensível. Criados em 2002, os personagens voltaram agora para divulgar o relançamento do produto e a nova embalagem. Como diz a gerente de Marketing da Pepsi Brasil, Juliana Grinberg, “os limõezinhos são os nossos porta-vozes, os soldados na luta contra a mesmice e a chatice do mundo”. Perfeito.

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ESTÁ NA HORA DO CONAR REVER SEUS CONCEITOS?

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Uma das campanhas de maior sucesso da Fiat no Brasil passou ilesa pelo Conar. Lançada pela Leo Burnett no final de 99, a série de comerciais abordando preconceito social, sexual ou racial, não sofreu qualquer processo pelo órgão. A cada caso explicitado nos filmes, a frase “Xi, está na hora de rever seus conceitos” indicava necessidade de mudança de comportamento. E o Conar, será que também deve começar a rever seus conceitos? Hoje, uma legião de censores não oficiais municia sistematicamente o Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária com denúncias em volume alucinante. O correto comportamento “politicamente correto”, porém, abriu as portas para os chatos, os implicantes, os detalhistas, que não conseguem enxergar a propaganda como a realidade exagerada e divertida, uma forma de arte, como deve ser encarada. Embora não atue mais, o grupo “Senhoras de Santana”, que naquela época policiava a publicidade sensual, continua representado na sociedade em escala muito maior. Os defensores da moral e dos bons costumes exageram em seu policiamento publicitário. Depois do Boticário, indiciado por um beijo gay que já existe em novelas e pelo documentário “Divórcio”, acusado de machista mesmo que os maridos levem a pior diante de ex-esposas radiantes, o Itaú vai sentar no banco dos réus. Seu pecado? Descobrir que as palavras “digital” e “Itaú”, juntas, poderiam formar um significado potente para exemplificar sua atuação tecnológica em benefício dos clientes. “Digitau, o digital com u” foi alvo de quase duas dezenas de reclamações sobre educação infantil inadequada, como se crianças a partir da propaganda iriam começar a cometer erro gramatical e escrever “digital” com “u”. O Conar, a princípio, não pretende mudar sua conduta e continuará seguindo seu código e regimento de ética formulado em 1978 e atualizado constantemente. O órgão continuará de portas abertas para o consumidor, conforme seu propósito. Não vai formar juízo de valor sobre denúncias, embora sua triagem de casos obedeça simplesmente o volume de reclamações, fundamentadas em artigos do código. Mesmo que isso represente cada vez mais trabalho aos seus componentes, às agências e anunciantes, que devem constituir advogado e formular defesa para atender os chatos guardiões de plantão. E para quem ainda não entendeu ou não quis entender o objetivo do Itaú com sua campanha, a agência Africa já lançou um novo vídeo explicando o que é Digital com “U”. (Vote na enquete ao lado e dê sua opinião sobre mudanças na atuação do Conar).

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