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O CRIATIVO INGLÊS E A INVEJA DO BENTLEY
Publicado emRichard Brim, diretor executivo de Criação da Adam & Eve DDB de Londres, não mediu palavras para dizer qual trabalho da indústria publicitária lhe causa tremenda inveja. “Caralho!!?? Era totalmente louco, mas ao descobrir para o que tinha sido feita a gente dizia: Merda, isso é genial”, lembrou ele de sua reação ao assistir o videocase “Enterro do Bentley”, da Leo Burnett Tailor Made para a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, no júri do D&AD. Brim é o protagonista do 5º capítulo da “Envy Chain”, a Corrente da Inveja que destaca os trabalhos que surpreendem os criativos de todo o mundo. Ele é autor da campanha “Sorry, I Spent It Om Myself”, apontada como invejada na edição anterior do projeto. “O Enterro do Bentley” conquistou, entre vários prêmios internacionais, 10 Leões em Cannes. A ação inusitada, estrelada pelo excêntrico milionário paulista Conde Chiquinho Scarpa, impactou 172 milhões de pessoas nas redes sociais, contabilizou US$ 22 milhões em mídia espontânea contra um custo de produção de US$ 6 mil e aumentou em 31,5% a doação de órgãos no primeiro mês da campanha. No case, Scarpa anunciou que iria enterrar no quintal de sua mansão seu automóvel preferido, um Bentley de R$ 1 milhão, para eternizá-lo. No dia marcado, com a presença de dezenas de jornalistas, ele interrompeu o funeral para dizer que da mesma forma, pessoas enterravam bens muito mais preciosos do que um carro, ou seja, seus próprios órgãos, capazes de salvar muitas vidas ao serem doados. A campanha foi criada por Christian Fontana e Marcelo Rizerio, com direção criativa de Rodrigo Jatene e Guilherme Jahara e direção geral de Marcelo Reis.
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