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Depois de 14 anos de parceria com o diretor de arte Marcelo Fedrizzi, o redator gaúcho Rafael Merel deixa a Young & Rubicam e chega à Africa para duplar com Paulo Coelho. Ele estava na Y&R desde maio de 2012, contratado pelo então diretor geral de Criação Flávio Casarotti para atender basicamente o grupo Petrópolis. Merel e Fedrizzi se destacaram na Publicidade pelas campanhas de cerveja que criaram, como Skol, Kaiser, Heineken e Itaipava. Ele iniciou sua carreira na Dez de Porto Alegre e atuou também na DM9 DDB, onde também começou sua parceria com Fedrizzi no ano 2000. Atuou ainda pelo grupo Newcomm e F/Nazca S&S. Além das marcas de cerveja, seu portfólio abriga trabalhos importantes para marcas como Nike, Honda, TNT Energy Drink e Itaú Seguros. Paulo Coelho perdeu recentemente seu dupla, Arício Fortes, contratado pela Ogilvy para substituir Anselmo Ramos que foi para a David de Miami.

Terceira do ranking norte-americano e eleita Melhor Agência Global em 2013 e 2014 pelas revistas Adweek e Advertising Age, a Grey jamais conseguiu o mesmo desempenho no Brasil. Há um ano sob a administração do grupo Newcomm, de Roberto Justus, a Grey Brasil inicia nova trajetória para alcançar o mesmo prestígio internacional no País. “Em breve queremos estar entre as cinco maiores e entre as três mais criativas”, afirmou Justus ao comandar inauguração da nova sede da Grey Brasil, em São Paulo. Para ele, aumentar faturamento e conquistar prêmios de criatividade, são processos complementares. “O reconhecimento criativo leva à conquista de mais clientes”, acredita. O projeto consumiu investimento de R$ 5 milhões e mereceu a visita do CEO do grupo Jim Heekin, que participou do evento com outros importantes executivos da Grey Worldwide. A Grey Brasil nasceu em agosto de 2013 através da fusão da Grey 141, do grupo WPP, e da New Energy, do grupo Newcomm. Sob o comando do presidente Walter Longo e da COO Sylvia Panico, passou os últimos 12 meses ajustando a operação única. A história da Grey brasileira começou efetivamente em 1990 quando o grupo chegou ao País através de acordo operacional com a MPM. Dois anos depois se tornou Z+G Grey sob a presidência de Sergio Guerreiro e direção criativa de Zezito Marques da Costa. No ano 2000 a rede decidiu comprar a parte acionária de seus sócios locais na América Latina e passou a operar como Grey Worldwide. Desde então, teve no comando Fernando Luna, Luiz Grellet e José Chicau,  ex-sócios da antiga ADD, o criativo Silvio Matos e mais recentemente Luiz Kroeff, da 141. “Nesta nova fase já estamos atuando como agência pós-digital, com entrega única e somando as ações online e onlife, explica Walter Longo. A postura moderna pode ser observada na estrutura da nova sede, em seu projeto arquitetônico e na tecnologia de ponta dos equipamentos. Uma das novidades, a Grey Lab é uma sala com painéis de controle e dashboards que acompanham resultados em real time de campanhas digitais, incluindo as tendências do mercado de seus principais clientes no Brasil e no mundo. “Estamos muito felizes em inaugurar com Roberto Justus esta nova sede com tecnologia de ponta. A Grey é uma das principais companhias de comunicação integrada, e as novas ferramentas representam mais um passo na nossa expansão no Brasil e na América Latina, região chave para nosso crescimento”, disse Jim Heekin. A área de Criação da Grey Brasil tem o comando triplo de Mariangela Silvani, Sérgio Fonseca e o uruguaio Federico Russi. Davi Monteiro é diretor-geral de Mídia, Janaína Luna comanda o Atendimento, Marcia Esteves é a Chief Digital Officer, Marcia Kuperman a diretora de Operações, e Sumara Osorio comanda o Planejamento. Albano Neto, ex-Labstore, é o diretor geral da recém-criada Grey Shopper. Nos últimos meses, a Grey Brasil conquistou clientes como Gillette, Gafisa, Aruba Tourism Authority, Masisa Arquitetura e Vênus, marca feminina da Gillette. Além disso, passou a atuar como agência regional das marcas Pantene e Gillette, para toda a América Latina. No portfólio de clientes ainda têm marcas como 3M, Coca-Cola, GSK, HBO, HSBC, Universal, P&G, Senac, Stiefel e SulAmérica.

Daniel Perez não é mais diretor de Criação da Grey Brasil. Em matéria publicada no final de fevereiro, este Blog anunciou, em nota com o título “De Malas Prontas”, que ele se preparava para deixar a agência brasileira após um ano de trabalho no País. Na matéria, o prazo que agora se confirma: ele estaria esperando o próximo Festival de Cannes e os possíveis Leões que poderão ser conquistados, como passaporte curricular para novos voos.

Não era segredo dentro da Grey Brasil que o profissional equatoriano, destacado por seu trabalho e prêmios na Maruri Grey de Quito, tinha como objetivo de carreira atuar na sede da rede em Nova York. E embora fora da agência brasileira, Perez continua se comunicando com profissionais do grupo Newcomm, especialmente sobre inscrições de trabalhos no Cannes Lions. Daniel Perez Pallares chegou ao Brasil no início de 2013 para atuar na equipe do VP de Criação Pedro Cappeletti. Ele dividia a direção criativa com a dupla Mari Silvani e Sergio “Magrão” Fonseca, vinda da New Energy. A Grey Brasil, administrada pelo grupo Newcomm de Roberto Justus, é resultado da fusão entre a New Energy e a Grey 141. Essa composição foi mantida pelo presidente da agência, Walter Longo, mesmo após a saída de Cappeletti, em abril passado. A Grey Brasil não se manifestou oficialmente sobre essa saída, já que ainda em fevereiro contestou a matéria deste Blog afirmando que Perez não estava de malas prontas. Dizia que, ao contrário, ele estava intensamente envolvido em uma série de projetos de clientes. Agora, essa série de projetos deverá ter o envolvimento de Mari Silvani e Sergio Fonseca, os  atuais diretores de Criação da agência. Nota Oficial– A Grey Brasil enviou nota sobre o assunto: Após nove meses da fusão da New Energy com a Grey 141, que deu origem à Grey Brasil, Daniel Pérez Pallares deixa a equipe de diretores de criação da agência. De acordo com Walter Longo, presidente da Grey, nesse período o profissional contribuiu efetivamente com o processo de transição. “O Daniel é um profissional extremamente talentoso com quem tivemos a satisfação de trabalhar durante a integração entre as operações. Desde o início, ele sempre manifestou o desejo de seguir carreira internacional e estamos torcendo que seja dentro da rede Grey”, acrescenta. Com a saída de Daniel Pérez Pallares, a Criação da agência continuará sob o comando de Mariangela Silvani e Sérgio Fonseca, responsáveis por liderar uma equipe com aproximadamente 30 criativos.

Há dois anos e meio na agência, o chief creative officer Pedro Cappeletti deixa a Grey. Na segunda quinzena de julho ele vai anunciar seu novo negócio, uma empresa de branding e design. “Não quero ser agência, mas prestar serviços a elas e também a anunciantes”, explica Cappeletti. O criativo chegou à então Grey 141 para comandar a Criação a convite de Luiz Kroeff, em novembro de 2011. Em julho do ano passado continuou na função após a fusão com a New Energy, que deu origem à atual Grey Brasil, do grupo Newcomm. Antes, dirigiu a Criação da Fischer e atuou por 11 anos na DM9 DDB. Por enquanto a Grey Brasil fica sem cco. “Pelo menos em curto prazo não temos idéia de reativar essa função. Na verdade há seis meses a agência já funcionava com três unidades criativas, praticamente autônomas. O Pedro era mais um mentor, ou inspirador, que na verdade um coordenador de trabalho”, explica o presidente da agência Walter Longo. Ele diz que desde a fusão os clientes foram divididos de acordo com as características de cada diretor de Criação. Assim, as contas de beleza ficaram com o grupo de Mariangela Silvani. As marcas que dependem de campanhas com mais estética são atendidas pela equipe de Sergio “Magrão” Fonseca. Daniel Perez, por sua vez, um criativo com experiência em clientes internacionais, ficou com essa parte. “A divisão não foi por importância. Tanto, que além de HSBC, o Daniel atende apenas uma marca de nosso maior cliente, a Procter & Gamble”, destaca Longo. E falando no profissional equatoriano, o presidente da Grey se posicionou sobre matéria publicada por este Blog em fevereiro, revelando que Daniel Perez estaria se preparando para deixar o Brasil, o que aconteceria provavelmente após o próximo Festival de Cannes. “Sempre soubemos de sua expectativa em fazer carreira internacional. Ele é um profissional inquieto, que tem perspectiva de trabalhar em Nova York ou na Europa. Achamos até que ele não ficaria mais do que dois anos aqui no Brasil. Mas não posso dizer nada agora, já que atualmente ele demonstra muita satisfação de estar em nosso País”, concluiu.